Na sua 3.ª edição, o programa Escola Missão Continente que aposta na sensibilização para uma alimentação saudável e um consumo consciente vai contar com a participação de 276 escolas de todo o país, estando entre elas quatro escolas açorianas.
Em nota de imprensa, o programa Escola Missão Continente anunciou que nesta que é a sua terceira edição vai abranger um total de 276 escolas, 23.939 alunos e 1.350 professores de todo o país. Nos Açores estão inscritas mais de 380 alunos e 20 professores de quatro escolas do 1º ciclo, EB1/JI de Covoada, E.B.1/J.I. de Agualva, EB1/JI São Roque e Jardim-Escola João de Deus de Ponta Delgada.
De acordo com a nota, o referido programa tem por objetivo “apoiar as escolas na sensibilização para uma alimentação saudável e um consumo consciente, abordando temas fulcrais como dietas saudáveis, desperdício alimentar ou o uso excessivo de plástico”.
Durante todo o ano letivo, o programa “aposta na aprendizagem através de atividades didáticas, distribuição de materiais lúdicos, visitas de estudo e desafios que vão incentivar a comunidade escolar a pensar e agir sobre a alimentação saudável e o consumo consciente”, lê-se no documento.
A nota avança ainda que as escolas participantes irão receber a “visita de um Embaixador da Escola Missão Continente para uma aula temática e interativa e visitar uma loja Continente da sua cidade para descobrirem o seu funcionamento e compreender que uma alimentação saudável e um consumo consciente começam logo nas compras feitas no supermercado”.
Adicionalmente, alunos e professores terão de superar dois desafios, o Desafio Escola e o Desafio Turma, pondo em prática os conhecimentos adquiridos sobre as temáticas da Escola Missão Con-tinente.
Assim, o Desafio Escola propõe que os alunos reflitam sobre o tema dos plásticos e desenvolvam um trabalho multidisciplinar, com toda a comunidade educativa, sobre a consciencialização do seu uso excessivo.
Por sua vez, o Desafio Turma, que tem por título “Tornar a minha comunidade mais sustentável: reduzir o uso do plástico!”, almeja promover a aprendizagem sobre o uso consciente, a redução, a reciclagem e a reutilização deste material”.
A Escola Missão Continente é uma das diversas iniciativas de responsabilidade social do Conti-nente, no âmbito do compromisso da marca para a construção de um futuro mais sustentável.
Na semana de 3 a 7 de dezembro, cinco alunos e duas professoras da Escola Profissional da Horta deslocaram-se a Campobasso, em Itália, para participarem na 3ª semana de intercâmbio, no âmbito do Projeto Erasmus+ “Refugees Welcome: When Numbers Become Faces”. Estiveram também presentes professores e alunos das escolas parceiras, oriundos da Alemanha, Grécia, Itália e Turquia.
Durante essa semana os alunos foram acolhidos em casa de estudantes italianos, assistiram a aulas no Instituto D’Instruzione Superiore “S.Pertini – L. Montini – V. Cuoco” e apresentaram os trabalhos realizados no âmbito do projeto.
Todos os intervenientes do projeto foram recebidos pelo Presidente da Câmara de Campobasso e pela vereadora responsável pelos programas de integração de refugiados na cidade, que explicou em que consistiam e referido as imensas dificuldades sentidas na implementação dos mesmos. Tiveram também a oportunidade de visitar um Centro de Educação, que ajuda refugiados e migrantes a aprender a língua italiana, onde foram convidados a assistir a uma aula. Numa das manhãs da semana, os alunos ouviram o testemunho de três refugiados, oriundos da Nigéria, Costa do Marfim e Paquistão.
O programa dessa semana incluiu ainda a visita a lindíssima cidade de Pompeia, onde se ficou a conhecer um pouco da sua misteriosa história.
Sem dúvida de que foi uma semana intensa de trabalho e que permitiu realizar novas aprendizagens e fazer novas amizades.
A Sociedade para o Desenvolvimento Empresarial dos Açores (SDEA), promoveu no Faial, uma sessão de esclarecimento destinada a todas as empresas açorianas, especialmente as que exportam bens e serviços.
Sobre o tema “melhores soluções logísticas para as empresas açorianas” esta ação pretendeu desafiar as empresas locais a aproveitarem os recursos existentes na Região no que às exportações diz respeito.
“A SDEA assume-se como um parceiro estratégico das empresas açorianas, visando o aumento da competitividade empresarial”, afirmou Vítor Fraga, numa sessão de esclarecimento promovida por esta sociedade, que decorreu na passada semana, na Horta, com vista a apresentar as soluções logísticas existentes na Região, ao nível das exportações.
“Esta sessão de esclarecimento visa essencialmente apresentar soluções logísticas, que possam acrescentar valor ao negócio das empresas locais, que respondam aos desafios atuais do mercado, nomeadamente ao nível da celeridade na entrega dos produtos, e na resposta imediata àquilo que são as solicitações dos clientes”, afirmou ao Tribuna das Ilhas o presidente da SDEA.
Segundo Vítor Fraga uma das “missões” da SDEA passa por fomentar a base das exportações de forma a “cimentar a internacionalização das empresas e as exportações das mesmas”, disse.
Neste sentido o presidente avançou que “lançamos este desafio aos operadores logísticos na perspetiva de apresentarem as soluções para um conjunto de mercados que nós identificamos como sendo de elevado potencial para as nossas ilhas”, tais como o mercado nacional, espanhol, francês, o de Cabo Verde, América e Canadá, salientou Vítor Fraga, para quem “os próprios operadores podem ser parceiros fundamentais na identificação de mercados e na identificação de oportunidades de negócios para as empresas”.
Estas sessões de esclarecimento, que decorreram também em Ponta Delgada e Angra do Heroísmo contaram com presença de três empresas, que apresentaram as suas soluções, nomeadamente a ETL Logís-tica, a Bentrans e a Abreu Carga.
De acordo com Vítor Fraga, foram convidadas “todas as empresas registadas na Região, mas apenas quatro acederam a este convite de apresentar as suas soluções, sendo que uma delas não o fez por impedimentos de ordem pessoal”, adiantou.
Esta iniciativa surgiu no âmbito da estratégia Marca Açores com o objetivo de continuar a incentivar a venda de produtos para fora do arquipélago, contribuir para o acesso a novos mercados e para a fidelização de clientes e inclui ainda um momento para esclarecimento de dúvidas aos empresários e um período de contactos mais individualizados entre os gestores locais e os operadores.
Para assinalar o dia Internacional do Voluntariado, a Associação de Jovens da Ilha do Faial (AJIFA) procedeu a entrega de 100 livros do projeto “O Planeta Limpo do Filipe Pinto + Energia” à Helpo.
Celebrou-se, no passado dia 5 de dezembro, o Dia Internacio-nal do Voluntariado que não foi esquecido pela AJIFA. Para assinalar este dia, a associação faialense ofereceu à Helpo 100 exemplares do livro “O Planeta Limpo do Filipe Pinto + Energia”.
Com o objetivo de levar a promoção da consciencialização ambiental mais longe e dando continuidade às duas iniciativas afiladas a este projeto promovidas pela AJIFA no Faial, a associação conta com a ajuda da Helpo para espalhar esta mensagem.
A Helpo é uma organização não governamental (ONG) que trabalha desde 2008 em Portugal, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Guiné Bissau com o objetivo de apoiar as populações mais vulneráveis. Em Portugal, ajuda na a supressão de necessidades básicas e desenvolve programas de apoio à infância e projetos de capacitação da população. Já nos países em desenvolvimento a ONG trabalha com as instituições locais, para o cumprimento dos objetivos de desenvolvimento sustentável, em áreas como a infância, a educação e a saúde.
“A associação ficou muito satisfeita pela possibilidade de colaborar com a Helpo para assinalar o Dia Internacional do Voluntariado, tendo em conta o trabalho extremamente meritório que esta instituição tem vindo a executar, que é também uma fonte de inspiração para o trabalho voluntário que a associação juvenil desenvolve”, lê-se na nota de imprensa.
Para o presidente da Direção da AJIFA, “assinalar este dia é muito importante para uma instituição como a AJIFA, que se constrói, precisamente, com base no trabalho voluntário dos jovens que põem em prática as nossas atividades ao longo do ano, nas mais diversas áreas”.
Neste sentido, Carlos Viveiros faz um balanço positivo do trabalho realizado pela AJIFA no Faial no ano que passou. “Foi possível executar uma série de atividades com impacto não apenas para os jovens faialenses, mas para toda a comunidade da ilha, como é sempre nosso objetivo”, explica Carlos Viveiros, destacando eventos como o Festival da Juventude, a 3.ª edição do C(H)ORTA - Festival de Curtas do Faial, a atribuição, pelo segundo ano consecutivo, dos prémios Mérito Jovem Faialense, a organização de workshops em áreas como a pintura, a escultura ou a escrita, no âmbito do Capot’Arte ou a estreia do City Trail Paper, entre outros.
“O sucesso de todos estes eventos só foi possível graças ao trabalho fantástico de todos os nossos associados que neles se envolveram, e graças às inúmeras parcerias que foi possível criar, com instituições públicas e privadas da nossa terra”, conclui o jovem. g
Realizou-se no passado dia 7 de dezembro, no Teatro Faialense, o Workshop de Boas Práticas em Saúde no Serviço Regional de Saúde com a apresentação de 13 projetos que estão a ser concretizados em hospitais e unidades de saúde de ilha dos Açores.
A iniciativa contou com a participação de sete dezenas de profissionais de saúde e dirigentes.
Secretaria Regional da Saúde, através da Saudaçor, promoveu, na passada sexta-feira, no Teatro Faialense, a quinta edição do Workshop de Boas Práticas em Saúde no Serviço Regional de Saúde, na Horta, que incluiu a apresentação de 13 projetos que estão a ser concretizados em unidades de saúde de ilha e hospitais dos Açores.
Com a participação de 70 profissionais de saúde e dirigentes, o programa do workshop recaiu sobre temas como boas práticas nas áreas da saúde materno-infantil, da gestão da qualidade e segurança, da relação com o utente e meio envolvente e ainda o Sistema de Informação de Imagiologia para o Serviço Regional de Saúde.
O objetivo deste workshop é a criação de um espaço de análise e partilha de projetos de boas práticas diferenciadores para que possam ser replicados e assim ajudar a melhorar os cuidados de saúde da região.
“Trata-se de um excelente momento para que os profissionais e as instituições de saúde da Região possam fazer 'benchmarking' destes projetos, disseminando-os, adaptando-os, rentabilizando o conhecimento e a experiência daqueles que os implementaram em tipologia piloto”, afirmou o Secretário Regional da Saúde, Rui Luís, na sessão de abertura do workshop.
A Unidade de Saúde de Ilha do Faial apresentou os projetos “Monitori-zação da vigilância de saúde materna”, “Sistema de notificação interno de incidentes e eventos adversos” e “Gestão da opinião dos utentes e trabalhadores”.
Por sua vez, as equipas da Unidade de Saúde de Ilha de São Miguel apresentaram os projetos “Curso de aprendizagem para o parto e parentalidade” e “Cuidador informal alvo de cuidados de enfermagem de saúde mental”.
Contribuíram também para o workshop as Unidades de Saúde de Ilha da Graciosa e da Terceira com os projetos “Implementação do teste de diagnóstico antigénio rápido do 'streptococcus' do grupo A” e “Implementação do sistema de gestão do risco”, respetivamente.
Já na vertente hospitalar, o Hospital da Horta divulgou os trabalhos de “Capacitação do autocuidado e promoção da qualidade de vida à pessoa ostomizada e sua família” e “Implementação da unidade de cirurgia de ambulatório”.
Foram ainda apresentados os projetos “A cuidar o ambiente também cuidamos a saúde” e “Controlo microbiológico na unidade de preparação de citotóxicos”, do Hospital de Santo Espírito da Ilha Terceira e o “Projeto de recuperação otimizada”, do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada.
Estes projetos demonstram a preocupação constante com áreas sensíveis como a parentalidade, a saúde mental, as cirurgias de ambulatório, a gestão organizacional e a segurança dos doentes, cuidadores e profissionais.
“São áreas que estão alinhadas com os princípios orientadores do Governo Regional na resposta às necessidades emergentes ao nível da saúde materno infantil, da promoção da saúde e na otimização dos recursos existentes em prol de uma melhor resposta de cuidados”, frisou Rui Luís.
Com o intuito de dar maior visibilidade aos trabalhos desenvolvidos pelos serviços de saúde no âmbito da sua ação de promover a aproximação entre profissionais e o intercâmbio de conhecimento, o Workshop de Boas Práticas em Saúde realiza-se todos os anos num concelho diferente, tendo sido realizado nos anos anteriores na Povoação, nas Lajes do Pico, em Vila do Porto e na Praia da Vitória.
Sistema de Informação de Imagiologia uma mais valia para os utentes
Durante a sua intervenção na sessão de abertura do Workshop de Boas Práticas de Saúde, Rui Luís salientou a relevância do Sistema de Informação de Imagiologia que está a ser implementado nos hospitais e centros de saúde da Região e no Centro de Oncologia dos Açores, frisando ser uma mais valia para os utentes.
“A implementação desta plataforma única online reveste-se de primordial importância, na medida em que vai permitir uma maior acessibilidade dos profissionais de saúde e dos utentes aos exames realizados em qualquer unidade de saúde ou convencionados, uma maior eficácia e poupança, traduzida na redução de deslocações de doentes e no número de exames”, adiantou o governante.
O secretário regional da Saúde sublinhou também que, no valor de 1,4 milhões de euros, o sistema apresenta-se como uma ferramenta que salvaguarda a interoperabilidade entre os diferentes sistemas de informação existentes na Região, contemplando uma solução centralizada que permite a partilha de informação relacionada com exames de radiologia realizados nos hospitais e unidades de saúde de ilha.
Associado a este sistema está uma plataforma web à qual os profissionais de saúde podem aceder, a partir de qualquer unidade de saúde do arquipélago, para consultar o histórico de saúde do utente e realizar telediagnósticos, permitindo que os utentes tenham os diagnósticos mais depressa.
A Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF), fundada no início de novembro, realizou a sua primeira Assembleia Geral, na passada semana, na Biblioteca e Arquivo Regional João José da Graça, na qual foram eleitos os seus órgãos sociais.
Foi eleita pelos sócios a única lista concorrente composta por 11 representantes de pequenas empresas locais de diversos setores do turismo como alojamento, animação turística, marítimo-turísticas e restauração.
Assim, fazem parte da direção Pedro Rosa do Azul Singular como presidente, Francisco Ribeiro da Quinta da Meia Eira e da Sailboat Azores enquanto vice-presidente e os vogais Ana Oliveira da Quinta das Buganvília, Pedro Escobar da Our Island e Pedro Filipe da Azores Experiences. A Assembleia Geral é presidida por Rui Santos.
Segundo a nota de imprensa enviada às redações, o mote principal da primeira direção é “a defesa de um modelo de turismo de qualidade, que assente na proteção e valorização do património natural e histórico da ilha, possa contribuir para o desenvolvimento da sua comunidade de forma equilibrada e sustentável”.
Deste modo e “unidos em torno de fortes ideais, os elementos da direção propõem uma visão modernizadora do turismo que evite os erros cometidos noutros destinos insulares e se proponha a valorizar as características únicas que marcam a nossa ilha e a nossa região”.
“O turismo deve contribuir para o desenvolvimento da ilha e da região de uma forma que possa ser sustentável a longo prazo. Queremos que sejam adotadas as melhores práticas empresariais, estratégias e políticas para que os Açores não sejam apenas um destino da ‘moda’, que hipoteque e esgote os seus atrativos no curto prazo, através da promoção de um turismo de massas indiferenciado”, afirma a direção.
A direção salienta que a sua estratégia passa por crescer bem e de forma inteligente de forma a que o turismo “continue a ser um sector económico interessante daqui a 5, 10, 15 anos e nos possamos orgulhar do estado na nossa ilha e do legado que deixamos para o futuro”, frisando que “esta ilha é a nossa casa”.
O primeiro passo desta direção será reunir com os profissionais dos diversos ramos do sector turístico, agentes da sociedade civil e autoridades locais e regionais competentes com o intuito de elaborar um retrato abrangente do sector na ilha, ouvindo, recolhendo e articulando as perspetivas, anseios e dificuldades que sentidas no terreno.
“Espera-se com esta primeira medida traçar um mapa abrangente, que possa servir de base para a reflexão e ação durante o mandato de 3 anos”, lê-se no documento.
Outro objetivo é unir e mobilizar “todas as partes envolvidas neste sector, promovendo a participação, a colaboração e a partilha de conhecimento com o objetivo de melhorar a sustentabilidade da atividade turística e contribuir para o desenvolvimento da ilha do Faial”.
A finalizar, a ATSF afirma pretender “lutar por causas bem conhecidas de todos e que têm condicionado o desenvolvimento do Faial, tal como a melhoria das acessibilidades aéreas, que neste momento atingiram um patamar de qualidade lastimável e que são um garrote ao crescimento da ilha, assim como a redução da sazonalidade, a procura de soluções para o aumento da estadia média na ilha, a promoção nos mercados de turismo de natureza e a reivindicação para o Faial de um papel mais visível dentro da Região”.
Após a primeira reunião plenária da Comissão Interdepartamental para os Assuntos do Mar (CIAMA), o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia adiantou que o Plano do Ordenamento do Espaço Marítimo dos Açores (POEMA) terá de estar concluído até 2021.
A Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que falava à margem da primeira reunião plenária da CIAMA, que teve lugar esta segunda-feira, na Horta, afirmou que o ordenamento do espaço marítimo “coloca muitos desafios” e que as políticas do mar têm um caráter “transversal e multissetorial”, salientado, assim, a importância de “ouvir outros organismos da administração pública naquilo que são as estratégias relacionadas com o mar”.
Foi por esta razão que foi criada no ano passado a CIAMA que “tenta reunir vários setores da administração [pública regional] que, direta ou indiretamente, têm a ver com o mar e podem contribuir para o Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo”, recordou Gui Menezes.
O titular da pasta do Mar referiu ainda que referiu que o POEMA que “engloba e mapeia uma série de áreas potenciais de uso para várias atividades, incluindo as questões da biodiversidade e da conservação” terá de estar concluído até 2021, sendo que a componente técnica terá de estar concluída durante o próximo ano.
O governante avançou ainda que os planos de gestão das Áreas Marinhas Protegidas (AMP), que estão a ser revistos, se inserem no POEMA, sublinhando que o Governo Regional pretende consolidá-los, através do alargamento das AMP “em defesa dos recursos” marinhos.
“Os planos de gestão permitem definir claramente o que se pode fazer e o que não se pode fazer e quais as autoridades e instituições responsáveis pela gestão dessas áreas” marinhas protegidas, afirmou o secretário regional.
De acordo com Gui Menezes, pretende-se que através da CIAMA cada departamento aporte “as suas preocupações e a sua realidade” para o POEMA, para que seja possível “elaborar e implementar instrumentos de gestão realistas e que contribuam para o nosso desenvolvimento”.
“Temos ouvido instituições de pesca e organizações não governamentais, por exemplo, atores que podem participar nestes processos, para que sejam processos abertos e próximos da realidade e das pessoas, e para que possam ter efeitos positivos na nossa economia e na conservação dos recursos”, garantiu.
O governante adiantou ainda que durante a reunião foram propostos sete grupos de trabalho para acompanhar o processo de ordenamento do espaço marítimo e que serão realizadas durante o próximo ano várias reuniões da CIAMA para acompanhar o processo de elaboração do POEMA.
Os grupos de trabalho foram então divididos pelas seguintes áreas: “Recursos Marinhos Vivos”, “Recursos Marinhos Não Vivos”, “Ambiente e Conservação”, “Investigação e Tecnologia”, “Turismo, Recreio, Desporto e Cultura”, “Portos, Navegação e Transportes” e “Segurança, Defesa e Proteção Civil”.
A CIAMA é um órgão consultivo que tem por objetivo reforçar a articulação de posições e a participação concertada dos diferentes departamentos na política marítima da Região, bem como o acompanhamento e monitorização de um conjunto de políticas, como, por exemplo, o uso dos recursos marinhos e do espaço marítimo regional.
Nota de Abertura
A propósito Concurso para Psicólogos ou para Psicólogos em formação?
Nos últimos tempos é com satisfação que verificamos a abertura de concursos públicos para recrutamento de técnico superior na área de psicologia, em diferentes ilhas dos Açores e em diversos sectores de atividade. A Ordem dos Psicólogos Portu-gueses, enquanto associação pública profissional representativa dos profissionais em Psicologia e responsável pela defesa dos interesses gerais da profissão, só pode congratular-se com esta oferta laboral.
A leitura dos diferentes avisos de procedimento concursal remete-nos, no entanto, para outra realidade: um completo desconhecimento sobre as condições necessárias ao exercício da Psicologia.
Ser titular de licenciatura não cumpre os requisitos legais para o exercício da Psicologia. Para o efeito são necessários dois ciclos de estudos universitários em Psicologia - Licenciatura + mestrado - inscrição na Ordem e um ano de prática supervisionada.
De forma a garantir que está a recrutar um psicólogo em vez de alguém que ainda está em formação, recomendamos que o edital exija a cédula profissional válida atribuída pela Ordem dos Psicólogos.
Afinal nunca contrataria um “médico” com 3 anos de formação então porque pretende contratar um candidato a psicólogo?
M Luz Melo
O papel do Psicólogo em Situações de Emergência
Perante uma situação de Emergência, será que estamos verdadeiramente preparados?
“FOI HORRÍVEL… MESMO MUITO DIFÍCIL”
Por esta altura faz 21 anos que aconteceu uma das maiores tragédias na história dos Açores, o desabamento de terra na Ribeira Quente. Entre os sobreviventes e famílias dos falecidos a memória deste dia ainda está bem presente nesta localidade.
Quando pensamos nestas situações de emergência, tendencialmente preocupamo-nos com o número de feridos. Pensamos pouco no impacto que poderá ter tido para os que sobreviveram, que impacto terá tido para quem estava ao lado da vítima a sentir-se impotente por não conseguir ajudar muito mais além de ligar o 112? Cada uma destas situações poderá provocar diferentes reações em cada pessoa envolvida, nomeadamente reações emocionais (choque, ansiedade), fisiológicas (dificuldades em respirar), cognitivas (negação, confusão) e comportamentais (agitação, irritabilidade).
Neste contexto, o papel da Psicologia em situações de emergência centra-se em promover o desenvolvimento de estratégias ativas de adaptação a situações de crise, minimizar o impacto negativo do evento, restaurar o nível funcional dos sujeitos e prevenir o agravamento da sintomatologia psicopatológica, isto é ajudar as pessoas afetadas a enfrentar melhor a situação. Os primeiros socorros psicológicos podem ter impacto na saúde mental das pessoas como os primeiros socorros médicos têm na saúde física. Procuram estabilizar as vítimas dos eventos traumáticos que estão em stress agudo, apoiando-as emocionalmente, fornecendo cuidados práticos e avaliando necessidades e preocupações para ajudar a pessoa a começar a sarar as feridas psicológicas e integrar, mais cedo e de uma melhor forma, a rotina do seu dia-a-dia.
“A VIDA VOLTOU À NORMALIDADE, MAS NUNCA VOLTOU. AINDA CONSIGO SENTIR O CHEIRO A LAMA.”1
A maior parte destes acontecimentos não tem impacto na pessoa só na altura em que ocorre, mas permanecem presentes, durante algum tempo, através de sons, cheiros e, na maioria dos casos, através de pensamentos e flashbacks (revivência do acontecimento traumático). O trabalho com as vítimas não acaba depois de terminar o acontecimento, enterrados os mortos e reconstituído o que foi perdido. Embora nem todos os que vivenciaram um acontecimento traumático vão desenvolver problemas psicopatológicos a longo prazo, mas para estes o risco é mais elevado. Daí ser importante estar atento às vítimas e seus familiares, à presença de sintomas característicos das perturbações, nomeadamente ansiedade, insónias, dificuldade em funcionar normalmente e sentimento de culpa por ter sobrevivido ou não ter feito nada para ajudar. No entanto, quanto mais precoce for a intervenção psicológica menor são os riscos destes os virem a desenvolver, como demonstram vários estudos.
Nos últimos anos, têm sido cada vez mais frequentes os pedidos para o 112 para intervir em situações de emergência, nomeadamente em situações de tentativas de suicídio, crises psicóticas, ataques de pânico, sintomatologia depressiva, processos de luto, entre outros, evidenciando a importância de uma intervenção precoce.
Importa também salientar o impacto que tem a vivência de acontecimentos traumáticos nas equipas de emergência, nomeadamente nos bombeiros e técnicos de saúde. Apesar de serem equipas altamente treinadas e preparadas para intervir em situações de emergência, muitas destas situações acabam por afetar psicologicamente a vida destes profissionais.
É, assim, de realçar que a intervenção psicológica em situações de emergência vai muito para além do “acalmar” as vítimas no local. Tratando-se de situações que fogem ao controlo das pessoas e com uma elevada carga emocional associada, torna-se fulcral e essencial uma intervenção rápida e ajustada a cada situação. Para isso, são necessárias equipas treinadas para o efeito, pois apesar de se tratar de uma intervenção psicológica, esta tem de ser uma intervenção específica tendo em conta os contornos a que está associada.
1Testemunho de um sobrevivente à tragédia de 1997 na Ribeira Quente.
DR
Perfil
Catarina Penacho Cordeiro
Conclusão em 2012 do Mestrado Integrado em Psicologia, vertente Edu-cacional, na Universidade de Coimbra. De 2012-2014 voluntariado atra-vés da ONGD Leigos para o Desenvolvimento em São Tomé e Príncipe, em projetos de desenvolvimento comunitário.
2016 pós-graduação em Intervenção Psicoló-gica em Situações de Emergência pela Univer-sidade de Lisboa. 2018 colaboração como formadora da Proteção Civil dos Açores. 2018 formação de bombeiro.
DR
Aconteceu
Reunião Secretaria Regional Educação
No passado dia 5, a DRA reuniu-se com o Diretor Regional da Educação, Dr. Rodrigo Reis, para apresentação de cumprimentos institucionais e caracterização do trabalho dos Psicólogos Educacionais na Região.
Academia OPP
A 9 de novembro decorreu, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade dos Açores, a 3ª edição da iniciativa Academia OPP dirigida aos estudantes de psicologia que se encontram nos 1º e 3º anos.
No âmbito do Programa “Parlamento Presente” e das comemorações do Dia Internacional das Pessoas com Deficiência, os utentes do Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) da Santa Casa da Misericórdia da Horta e do Projeto Moviment’Arte procederam à decoração da árvore de Natal e à construção do Presépio da Casa da Autonomia.
Para além da decoração Natalícia do átrio da sede do parlamento açoriano, foram ainda apresentadas várias coreografias que visam assinalar este dia.
A Assembleia Legislativa, cumprindo aquilo que é já uma tradição das últimas legislaturas, convidou os utentes do CAO da Santa Casa da Misericórdia da Horta e do Projeto Moviment’Arte da APADIF, para decorarem a árvore de Natal e construírem o presépio do parlamento açoriano.
Com esta iniciativa que se insere no programa “Parlamento Presente” a Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) associou-se também às comemorações do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência.
Aos jornalistas a presidente da ALRAA avançou que nos últimos anos o parlamento tem “optado por fazer esse convite” a estas instituições. No entanto, “nem sempre tem coincidido com este dia, mas esta semana a coincidência com esta data foi perfeita”, disse Ana Luís, acrescentando que, “temos de agradecer quer à APADIF quer ao CAO da Santa Casa porque esta é uma forma não só de apreciarmos os trabalhos que estas pessoas fizeram, mas também de chamar a atenção para as necessidades que eles têm e para aquilo que é imperativo hoje em dia que é termos uma sociedade mais inclusiva e aceitá-los de uma forma completamente normal e aberta e assim também o Natal ser colorido de forma diferente”, registou.
Para Ana Luís “é com grande prazer que o Parlamento Açoriano abre as suas portas para termos uma ajuda tão especial na decoração da árvore de Natal e na elaboração do presépio. Esta é uma forma de chamar a atenção para as dificuldades e para as necessidades destas pessoas tão especiais e também de trazer o espírito natalício até à Assembleia”, afirmou a presidente do Parlamento Açoriano.
Também Marta Faria responsável pelo Projeto Moviment’Arte destacou a importância desta iniciativa salientando que “para estes utentes estar aqui é uma festa. Todas as iniciativas que temos fora da sede da APADIF é para eles uma festa, é uma forma de convívio e, neste caso em concreto, de promover já o espírito natalício e de solidariedade entre eles”, afirmou.
Marta Faria, avançou ainda que “fomos convidados pela Assembleia para vir decorar a árvore de Natal e fazer os adornos para a sua decoração. Vamos também ter uma atuação para abrilhantar esta manhã em conjunto com os utentes do CAO da Santa casa da Misericórdia da Horta”.
Paralelamente a esta iniciativa, e uma vez que neste dia se assinalou o Dia Internacional da Pessoa com deficiência Marta Faria adiantou que decorreu na piscina Municipal da Horta, outra iniciativa, “um batismo de mergulho, com cidadão com deficiência” e à noite foi editado um livro.
O programa “Parlamento Presente” é um Projeto ALRAA que tem como principal objetivo aproximar o Parlamento do Cidadão, através da promoção de diversas iniciativas e diferentes abordagens de forma a relacionar o Cidadão com a Assembleia, permitindo-lhe estar Presente no Parlamento.
Este Projeto assenta em nove ilhas, nove conceitos, uma história, um pensamento, uma ação, através da solidariedade, da cultura, da proximidade, da abertura, da intergeracionalidade, da participação, memória, inclusão e sustentabilidade.
No passado dia 28 de Novembro, a Associação SOS Conceição inaugurou a sua sede na Lomba do Pilar, graças ao apoio de diversas entidades que tornaram possível a sua concretização.
A Associação SOS Conceição concretizou na passada semana o sonho, há algum tempo perseguido, de ter uma sede própria. Localizada na Lomba do Pilar, na referida freguesia, esta sede passou a funcionar num espaço que se encontrava totalmente abandonado, tendo sido reabilitado para o efeito.
Na cerimónia de inauguração, usou da palavra Cidália Alvernaz que começou por destacar o facto de o voluntariado presidir a esta associação. “Ser voluntário é algo que não se explica, sente-se. Um dia uma pessoa, Eduína Machado, teve uma ideia que partilhou com outra e juntas partilharam com mais alguém, assim nasceu um projeto” que tinha uma motivação, apoiar os habitantes da freguesia da Conceição.
De acordo com Cidália Alvernaz, em 12 de abril de 2017, aquele projeto tornou-se numa Associação designada como “Associação SOS Conceição”, tendo como sócios fundadores Cidália Alvernaz, Eduína Machado, Ajuda Neves, Laura Marques, Olga Marques, Ângela Sérgio e Gilberto Alvernaz.
“Sem meios próprios a Associação SOS Conceição contou, desde o início, com o apoio da Junta de Freguesia da Conceição”, referiu Cidália Alvernaz, salientando que se trata de uma parceria que se foi tornando cada vez mais importante, no apoio incondicional da cedência de dados sobre as pessoas vulneráveis da freguesia, do espaço para reuniões, apoio nas actividades realizadas.
Para Alvernaz esta nova sede corresponde à cocnretização de um sonho, a qual “permitirá fazermos mais e melhor pelas pessoas, servindo a freguesia e a ilha do Faial”.
Interveio, de seguida, o Presidente da Junta de Freguesia da Conceição Gilberto Alvernaz que considerou ser de “uma enorme satisfação participar na inauguração da sede desta Associação SOS”.
Destacando o facto de ter sido a Junta, com o apoio de outras entidades, a recuperar o edifício que se encontrava abandonado, melhorando o espaço interior através de pintura, construindo novas casas-de-banho, escritório e arrecadação, bem como o espaço exterior, entende Alvernaz que “o SOS Conceição será um lugar aprazível, com condições para receber quem quer que seja”.
Para este a freguesia da Conceição sentia a necessidade de ter um espaço desta envergadura, com vista à concretização de alguns eventos da freguesia, em virtude de não existir nada do género até à data.
“A junta de freguesia que represento desempenhou e continua a desempenhar um papel fundamental no dia-a-dia da nossa comunidade, não só através das atividades que realiza ao longo do ano, mas cada vez mais no empenho e persistência em prosseguir os objectivos a que nos propusemos”, frisou o Presidente da Junta de Freguesia da Conceição.
Para este o associativismo cada vez mais deverá fazer parte das nossas vidas, pois através dele conseguimos proporcionar melhores condições às populações que compõem as sociedades, mas para que seja um sucesso será necessário reunir uma boa equipa.
A concluir esta cerimónia de inauguração da sede da “SOS Conceição” usou da palavra o Presidente da Câmara Municipal da Horta para realçar o papel que esta associação tem tido no contexto da sua freguesia, bem como o impulso que tem dado para que outras se constituam.
“Quando vemos projetos como este ganharem forma, tudo faz sentido. Dar um pouco de nós ao lugar onde estamos inseridos é muito importante para o desenvolvimento harmonioso e sustentável que se quer para o Faial. O SOS Conceição ainda é um bebé mas já tem um descendente, o SOS Feteira, o que demonstra a pertinência que estas formas de atuação têm no nosso meio”, referiu o Presidente da Câmara Municipal, reiterando ainda a intenção do Município de continuar a apoiar projetos desta índole.