“Mais estranho do que estar dois meses sem ir à piscina, o que não me acontecia há muitos anos, é mesmo o facto de não saber qual é o próximo objetivo. Os Jogos Olímpicos, para os quais eu já estou apurado, foram adiados [para se disputarem entre 23 de julho e 08 de agosto de 2021]. Adiados, vamos ver”, disse o nadador à Lusa.
O especialista em 200 metros estilos — nessa distância, no Rio2016, tornou-se no primeiro nadador português a atingir as meias-finais (foi 12.º) nos Jogos Olímpicos desde Seul1988 – reforça que “tudo é uma incerteza neste momento e que isso é o mais difícil para um atleta”.
Além de Alexis Santos, também outros integrantes do projeto olímpico para Tóquio2020, designadamente Miguel Nascimento, João Vital, com quem treinou hoje com a devida distância social, e Victoria Kaminskaya puderam retomar os treinos na piscina de 50 metros do CAR, utilizada somente por atletas profissionais e de alto rendimento.
O confinamento obrigatório deixou Alexis “sem acesso a nenhuma piscina”, mas acredita que “pouco a pouco as coisas vão voltar à normalidade”.
Os tempos individuais das provas é outro dos problemas para o nadador, que ressalva, porém, que a segurança de todos é o importante nesta altura.
“Sim [preocupa-me]. Não digo que não. É extremamente preocupante. Mas, neste momento, estar preocupado com campeonatos não é certo. O importante é fazer as coisas em segurança e não haver riscos ou minimizar os riscos. No fundo, é voltar a ganhar forma física. Não é estar a nadar rápido ou a render bem”, defendeu.
Com a presença em Tóquio2020 assegurada, o ‘sportinguista’ prefere não ter “muitas expectativas”, preferindo ver “como as coisas evoluem e em que pé se vai estar” na altura do evento.