Por: Luís São Bento
Conheci o Sr. Mário Frayão em 2002, nos meses que antecederam o lançamento do semanário Tribuna das Ilhas, quando me convidou para integrar o grupo inicial de apoiantes da cooperativa IAIC – Informação, Animação e Intercâmbio Cultural, proprietária deste periódico. Confesso que fiquei desde logo fascinado com o seu peculiar sentido de humor e com o seu profundo apego ao Faial e à sua querida cidade da Horta. Nesta altura o Sr. Mário transbordava de energia criativa, sempre cheio de ideias e a sonhar com projetos visando o desenvolvimento e o progresso da ilha do Faial. A pouco e pouco tornámo-nos amigos e, aos sábados, passámos a ir almoçar ao Restaurante Xavier com a nossa querida amiga Margarida Madruga. Aquelas viagens semanais até aos Cedros eram sempre muito divertidas e recheadas de “conversas sem rede” onde se abordavam, sem quaisquer apriorismos ou preconceitos, os temas mais diversificados e acutilantes.
Durante anos o Sr. Mário Frayão foi uma presença quase diária na Biblioteca Pública e Arquivo Regional João José da Graça, onde era sempre recebido com muita atenção e carinho, quer pelos trabalhadores da instituição, quer pelos leitores/investigadores ali presentes, tendo participado ativamente nas atividades culturais organizadas e promovidas pela BPARJJG, como por exemplo, o Dia Mundial da Poesia, o Dia Mundial do Teatro, o Dia Mundial do Livro, Encontro da Comunidade de Leitores “Chá com Livros”, etc. Nalguns destes eventos ele colaborou com grande entusiasmo, declamando poesia ou lendo excertos de prosa literária.
Quero ainda lembrar que foi também no Auditório da Biblioteca que foram lançados os seus dois livros: “Crónicas e outras estórias…” e “Memórias com Sorrisos”, em ambos os casos, com a sala repleta de público!
Termino, referindo que o Sr. Mário doou a sua biblioteca pessoal à BPARJJG, constituindo o fundo bibliográfico “Mário Frayão e Família”.