Num cenário ideal devia haver uma separação clara entre a prestação médica pública e privada, por motivos sobejamente conhecidos. Tal nunca foi possível ainda que se tenha dado um passo nesse sentido em 1990 com a opção do regime de dedicação exclusiva, que viria a ser extinto em 2009. Obrigar actualmente os médicos a optar por um dos sistemas delapidaria o SNS/SRS, pois as condições de trabalho, a nível de organização, inovação e remuneração são pouco atractivas no público e o sistema privado tem crescido exponencialmente, muito à custa das fraquezas do sistema estatal, vítima de uma sucessiva inacção (ou intenção) governativa. Porém, com a pandemia, o tema voltou a ser repristinado com a chamada dedicação plena.
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