25% dos jovens que se instalaram na agricultura nos Açores investiram na área da diversificação agrícola, afirma João Ponte

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O Secretário Regional da Agricultura e Florestas destacou hoje, no Faial, o grande dinamismo e crescimento sustentado que se verifica na área da diversificação agrícola nos Açores, revelando que, entre os 230 jovens que se instalaram pela primeira vez na agricultura no atual quadro comunitário, 25% optou por investir na diversificação agrícola.

“A evolução do setor agrícola não se opera apenas na bovinicultura. A diversificação agrícola tem registado grande dinamismo, mesmo aqui no Faial, sendo que, nos últimos três anos, as áreas afetas à diversificação cresceram 38% na Região”, referiu João Ponte, que falava na cerimónia de consignação da empreitada de reabilitação do Solar e da Ermida da Quinta de São Lourenço.

No segundo dia da visita do Governo ao Faial, o governante adiantou que, no caso específico desta ilha, dos 19 jovens agricultores apoiados pelo programa PRORURAL+, quase 50% investiram na horticultura, na fruticultura e na floricultura.

O Secretário Regional destacou também o facto da diversificação agrícola ser importante não só para o autoconsumo, mas em termos do potencial exportador, capaz de gerar postos de trabalho, riqueza e desenvolvimento económico, pelo que o crescimento sustentável desta área agrícola é desejável e estratégico para o Governo dos Açores, contando os agricultores com um conjunto de planos estratégicos, ao nível da agricultura biológica, mas também, brevemente, da horticultura, fruticultura e apicultura, que resultam de um trabalho de parceria e de partilha de conhecimentos entre a Universidade dos Açores, organizações de produtores, agricultores e sociedade civil.

Segundo disse João Ponte, o crescimento verificado na diversificação agrícola foi fruto do reforço de 55% na dotação das ajudas no âmbito do POSEI, só nos últimos cinco anos, mas também da aposta dos agricultores e do apoio prestado pelas as organizações de produtores, bem como do bom aproveitamento dos fundos comunitários.

João Ponte destacou que na ilha do Faial têm surgido projetos inovadores ao nível, por exemplo, da produção de uvas em solos de areias vulcânicas, na zona dos Capelinhos, na horticultura em modo de produção biológica e, no caso da floricultura, a exportação de próteas tem crescido exponencialmente, prevendo-se que na próxima campanha se atinja meio milhão de hastes enviadas para fora da Região.

Relativamente à obra de reabilitação do Solar e da Ermida da Quinta de São Lourenço, orçada em 450 mil euros, João Ponte salientou tratar-se do cumprimento de um compromisso do Governo Regional com os Faialenses, que vai permitir recuperar imóveis com grande interesse do ponto de vista arquitetónico, histórico e da memória coletiva.

O projeto, com um prazo de execução de 14 meses, prevê a criação de um espaço multiuso no Solar, que ficará à disposição de toda a comunidade, enquanto a Ermida será devidamente preservada.

João Ponte anunciou ainda que, até agosto, será lançado o concurso público, superior a meio milhão de euros, para a recuperação e modernização do pavilhão existente nesta quinta, onde decorre, entre 12 e 14 de julho, a Feira Agrícola Açores.

“É mais um contributo que damos para abrir mais este espaço à comunidade e proporcionar melhores condições para a realização de eventos de caráter agrícola ou outro”, afirmou João Ponte, alegando que a Quinta de São Lourenço sempre esteve associada à agricultura e à experimentação agrícola.

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