O Bloco de Esquerda defende que todos os assistentes operacionais contratados no âmbito do Projeto LIFE VIDALIA, cujo contrato termina no fim do próximo mês de junho, devem continuar ligados à Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, não só porque estão a desempenhar funções de caráter permanente, mas também porque já há um novo projeto para dar continuidade ao trabalho que tem sido desenvolvido por estes trabalhadores.
Foi o próprio secretário regional do Ambiente e Alterações Climáticas que reconheceu a importância do trabalho desenvolvido até agora pelo projeto LIFE VIDALIA e que anunciou que o trabalho teria continuidade com o projeto LIFE IP AZORES NATURA.
Tendo em conta que estes trabalhadores foram contratados já em 2019, e que o trabalho que desempenham vai ter continuidade, o Bloco considera que será uma enorme injustiça se algum dos trabalhadores em causa for agora descartado.
O Bloco de Esquerda enviou hoje um requerimento ao Governo Regional para saber qual será o futuro destes trabalhadores.
O Bloco pergunta se o Governo está disponível para criar um regime excecional para a integração destes trabalhadores na administração pública ou pelo menos prolongar os atuais contratos no âmbito do projeto LIFE IP AZORES NATURA, que vigora até 31 de dezembro de 2027.
O Bloco salienta que o governo não pode simplesmente abandonar estes trabalhadores e mandá-los para o desemprego depois de tantos anos de trabalho num projeto ambiental de grande importância.
O projeto LIFE VIADALIA, cofinanciado pela União Europeia e coordenado pela Secretaria Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, tem como foco a conservação de duas espécies endémicas da flora dos Açores, a ‘azorina vidalii’ e a l’otus azoricus’, e está implementado em várias áreas de intervenção distribuídas pelas ilhas do Faial, Pico e São Jorge, através da proteção e recuperação dos seus habitats naturais.
Com uma duração de cinco anos, de 1 de julho de 2018 a 30 de junho de 2023, as ações deste projeto têm como objetivos a conservação da natureza e da biodiversidade, a sensibilização ambiental e a mudança de comportamentos procurando a melhoria do estado de conservação de algumas das espécies florísticas mais ameaçadas, contribuindo diretamente para os objetivos do programa LIFE.
