O Bloco de Esquerda está preocupado com as dificuldades de abastecimento por via marítima à ilha das Flores que se têm verificado e quer saber se está prevista alguma intervenção para proteger de forma provisória o interior do porto, e se o Governo tem intenção de fretar um navio com as características que facilitem a operação nas condições em que ficou o porto depois dos estragos provocados pela passagem da tempestade ‘Efrain’.
Depois de, em 2019, o furacão Lorenzo ter destruído o porto da Lajes das Flores, agora, foi a passagem da tempestade ‘Efrain’ a provocar um novo entrave à operacionalidade do porto.
A forte agitação marítima que se fez sentir fez com que fossem arremessadas para o interior da baía do porto das Lajes das Flores pedras que constituíam o antigo quebra-mar, fazendo com que a baía interior fique ainda mais desprotegida e suscetível à ondulação que se possa fazer sentir.
O navio que assegura o abastecimento de mercadorias à ilha das Flores não tem conseguido acostar, o que tem provocado “insatisfação e desespero” nos comerciantes da ilha das Flores, e que tem consequências económicas e sociais para a comunidade refere o requerimento enviado hoje pelo Bloco de Esquerda ao Governo Regional.
O Bloco lembra que, aquando da tempestade, a secretária regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou que “O abastecimento nunca ficará por fazer. Tem é sempre sobrecustos, mas é a nossa realidade e é com essa realidade que temos de viver. As populações estão em primeiro lugar”. Berta Cabral afirmou ainda que o abastecimento “estará sempre garantido, ou pela SATA, ou pela Força Aérea, ou pela mutualista que tem o navio ‘Thor’”.
Por isso, no requerimento, o Bloco pergunta ao governo se está prevista alguma intervenção provisória no que resta do antigo molhe que servia de proteção ao interior do porto, se há a intenção de fretar um navio com as características necessárias à situação atual do porto para assegurar o abastecimento.
O Bloco está preocupado com a possibilidade de futuros fenómenos atmosféricos poderem vir a causar danos na Ponte Cais, destruindo parte significativa da obra em curso, e, por isso, pergunta ao Governo o que irá ser feito para tentar impedir possíveis danos na Ponte Cais.