D. Aurélio Granada Escudeiro faleceu aos 92 anos

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D. Aurélio Granada Escudeiro, antigo bispo de Angra, faleceu sábado aos 92 anos de idade na Casa Sacerdotal de Ponta Delgada.

As cerimónias fúnebres de D. Aurélio Granada Escudeiro vão decorrer terça-feira na Igreja Matriz de S. José, em Ponta Delgada, estando prevista uma missa de corpo presente às 11h00. Os restos mortais de D. Aurélio Granada Escudeiro vão ser sepultados num jazigo na ilha Terceira.

D. Aurélio Granada Escudeiro foi eleito bispo titular de Drusiliana e coadjutor de Angra a 18 de Março de 1974, tendo a sua entrada solene na Sede Episcopal angrense acontecido a 19 de Junho desse mesmo ano.

Datam do início do seu bispado, algumas providências de ordem pastoral, junto do Conselho Presbiteral, tendo aprovado poucos meses depois, em Novembro, o Estatuto do Conselho Presbiteral.

É da sua autoria a criação do Secretariado Regional para a Pastoral das Migrações e, mais tarde, a Comissão Diocesana para a Comunicação Social.

D. Aurélio atravessou o período conturbado do pós 25 de Abril, com o processo de descolonização ultramarina africana a acontecer e o consequente e inevitável retorno de milhares de desalojados. Este facto fá-lo criar a Comissão Diocesana de Ajuda aos Refugiados, que teve importante papel sob o triplo ponto de vista material, espiritual e social nas ilhas.  

Transmitindo os poderes prescritos na Carta Apostólica de Paulo VI, Ecclesiae Santae Regimen, D. Aurélio Granada Escudeiro nomeia alguns sacerdotes vigários episcopais, e, seguidamente, ocupa outros na responsabilidade das ouvidorias, dedicando-se, a partir daí, a um trabalho intenso e infatigável de pastoral nestas Ilhas.

Incorporou-se na peregrinação diocesana do Ano Santo, a Roma, tendo o Papa Paulo VI, na audiência que deu na Praça de S. Pedro do Vaticano a grupos de peregrinos, distinguido com a Sua Palavra, em língua portuguesa, os peregrinos e a Diocese dos Açores. Os seus conhecimentos e, sobretudo, a sua experiência adquirida no campo da pastoral das migrações levaram a Conferência Episcopal a elegê-lo vogal da Comissão Episcopal Portuguesa para as Migrações e Turismo. Na sequência do seu múnus prelatício sagrou na Ilha Terceira a paroquial de S. Jorge das Doze Ribeiras, e criou a paróquia da Algarvia em S. Miguel, desmembrando-a da de S. Pedro de Nordestinho.

Procedeu à bênção do lançamento da primeira pedra do Mosteiro das Clarissas, Calhetas, na Ilha de S. Miguel (20.V.1976).

A 30 de Junho de 1979 foi nomeado bispo residencial vindo a tomar a respectiva posse um mês depois. A bula de preconização foi emanada do Papa João Paulo II.

D. Aurélio Granada Escudeiro nasceu em Alcains, Castelo Branco a 29 de Maio de 1920, filho de João Lourenço Escudeiro e de D. Maria Belarmina Nunes Granada Pinheiro. Fez os seus estudos nos Seminários de Gavião, Alcains e Olivais, vindo a exercer, ainda antes de ordenado, o professorado no Seminário de Gavião. Presbítero.

Celebrou a sua primeira missa em Alcains, sua terra natal, alguns dias depois.

 

 

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