Em plena festa da padroeira que dá nome à freguesia, o Agrupamento 171 do Corpo Nacional de Escutas (CNE) assinalou a data e continua a sua caminhada.
Longe vão os dias em que, a 19 de maio de 1963, se lançaram as raízes do Agrupamento 171. Nos últimos anos o grupo reúne mais de 40 pessoas, de diversas gerações, perante um universo em que existem outros cinco conjuntos de escuteiros e um de Guias.Para assinalar a data tiveram sessão solene nas festas da Senhora das Angústias no dia em que se tornaram sexagenários. Têm também agendado, para o fim de semana de São João, um acampamento com promessas em campo, a participação no Jota Joti, em outubro, e preparam o lançamento de uma compilação de fotografias dos anos de vivência coletiva.
O Jota Joti é um evento que decorre anualmente. Ao longo de um dia e utilizando uma estação de rádio amador e computadores, que instalam na sede, entram em contacto com outros escuteiros espalhados pelo mundo.
O chefe do agrupamento, Emanuel Silveira, constata que têm feito um esforço para “acompanhar as evoluções, adaptando-as à nossa realidade”. Se é verdade que antes existiam mais crianças, não menos é que “tudo é cíclico, com altos e baixos, e quando existem atividades regionais ou nacionais o número de escuteiros aumenta por alguns anos”.
“Somos diferentes, fazemos coisas que em casa não fazem. Quando estão procuramos estimular a destreza, na rua ao ar livre”, afirma sabendo que, ainda assim, após os 18 anos, e particularmente quem prossegue estudos superiores, quando voltam dificilmente retornam ao movimento.
“Há tempo para tudo, é difícil conseguir sangue novo, o nosso principal problema é o recrutamento de adultos para trabalhar junto das crianças”, afirma o chefe de agrupamento desde 2001 e que é escuteiro há 48 anos, tendo feito a sua promessa de lobito em 1974.
O ano escutista inicia-se em outubro de cada ano, período no qual abrem inscrições, mas fora deste período também podem se associar. Uma entrada mais tardia pode, quando muito, influenciar a data de realização da promessa, mas não de participação nas atividades e envolvimento de grupo. O combate ao isolamento e fomento do trabalho de grupo são também parte indissociável da vida escutista.
De acordo com o fundador do movimento escutista Robert Baden-Powell, em 1907, “o escutismo é um alegre divertimento ao ar livre, onde homens, rapazes e raparigas podem, em conjunto, entregar-se à aventura como irmãos mais velhos e mais novos, colhendo saúde e felicidade, habilidade manual e espírito de auxiliar o próximo”.
