Europeias: Catarina Martins diz que mapa político sai reconfigurado

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A coordenadora do BE qualificou hoje de “extraordinário” o resultado do partido nas europeias, considerando que estas eleições “reconfiguram o mapa político” e que “a disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar”. “O Bloco de Esquerda cresceu em percentagem, cresceu em votos e cresceu em todo o território, de norte a sul, do litoral ao interior e é hoje a terceira força política do país. Com mais força, mais capacidade e, por isso mesmo, com mais responsabilidade”, destacou Catarina Martins num discurso no “quartel-general” do partido para a noite eleitoral, o Teatro Thalia, em Lisboa, onde falou de um “extraordinário resultado” do partido.
Na perspetiva da líder bloquista, a “derrota da direita” é “um sinal claro” de que o país percebe que a “disputa política está nos projetos que a esquerda tenha capacidade para apresentar”.
“E é por isso que estas eleições, como disse e bem [a cabeça de lista do BE] Marisa Matias, reconfiguram o mapa político. O debate está em aberto sobre o emprego, a saúde, as pensões, a habitação, o clima, e é a esquerda que vai definir esse debate”, sublinhou.
A direita que “não deu resposta foi penalizada”, insistiu Catarina Martins, avisando que “cabe agora a responsabilidade à esquerda de estar à altura da expectativa de mais respostas pelo que conta”. “No Parlamento Europeu, seguramente, e na Assembleia da República também no tempo que ainda temos”, apontou.
Assegurando que os bloquistas são “incansáveis”, Catarina Martins afirmou que é “bom saber que Portugal vai ter a Marisa Matias e o José Gusmão a defender quem trabalha, quem trabalhou toda uma vida, quem puxa por este país e quer mais justiça, quem constrói a dignidade, a representar-nos no Parlamento Europeu”.
“Se me pergunta se eu preferia que o Bloco de Esquerda tivesse ganhado as eleições, a minha resposta é seguramente que sim, mas nós aqui temos a humildade de saber que um partido tem de apresentar as suas propostas, tem de ser consistente na sua ação e aceitar os resultados”, respondeu aos jornalistas.
Catarina Martins referiu ainda que a forma como o BE se afirma, “sem dúvidas nenhumas, como a terceira força política deste país”, é um caminho de que o partido se orgulha, um caminho “de coerência, de consistência, sobretudo, porque responde ao concreto da vida das pessoas”.
Nas últimas eleições europeias, em 2014, o BE ficou-se pelos 4,56%, não chegando aos 150 mil votos, e passou a ser a quinta força política ao perder dois lugares no Parlamento Europeu e ficando apenas com uma eurodeputada, Marisa Matias.
Com cerca de 99% dos votos apurados, o BE tem, às 23:30, 9,77%, com mais de 310 mil votos conseguidos, mais do dobro do resultado de 2014.

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