Homenagem às vítimas do acidente ocorrido há 35 anos, a bordo do N.R.P. António Enes

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Foi a 10 de março de 1987 que a corveta NRP António Enes sofreu um acidente
quando se dirigia para o Porto da Horta.

Passados 35 anos, o Tribuna das Ilhas, recorda os acontecimentos numa
colaboração com Fernando M. Silveira e com os militares da Guarnição de 87 do NRP António Enes que, dessa forma, prestam homenagem aos seis marinheiros que perderam a vida neste trágico acidente.

Assinalou-se ontem os 35 anos da ocorrência de um acidente que marcou os militares da Guarnição de 87 do NRP António Enes e que alguns habitantes da Horta observaram ao vivo, com horror, e do qual resultou a morte de seis militares que, assim, perderam a vida ao serviço da Marinha e de Portugal.

Recordar esta data é para os militares daquela Guarnição contribuir para uma “singela mas muito sentida homenagem”, perpetuando a memória das vítimas junto das suas comunidades e amigos, e expressar solidariedade aos seus familiares bem como aos militares que sofreram de forma mais significativa os efeitos do acidente e que felizmente conseguiram sobreviver.

FACTOS

Em 10 de Março de 1987, pelas 17:20 horas, ocorreu um trágico acidente a bordo da corveta NRP António Enes à entrada do porto da Horta, na Ilha do Faial, Açores, quando a corveta que havia largado às 10:00 horas da manhã do porto da Praia da Vitória, se aproximava do porto da Horta para atracar, encontrando-se a menos de uma milha a Sul do molhe do referido porto.

O acidente traduziu-se numa brutal explosão registada no sismógrafo da Horta, que provocou seis vítimas mortais, duas das quais desaparecidas no mar, que apesar da rápida resposta e o empenho das embarcações locais, não foi possível encontrar. Do acidente resultaram ainda onze feridos e avultados danos materiais no setor de ré do navio.

Depois de reparações paliativas realizadas na Horta pela guarnição (coordenada por militares da Direção Técnica da Marinha) o navio regressou a Lisboa pelos seus próprios meios e foi posteriormente reparado no Arsenal do Alfeite durante cerca de nove meses, regressando um ano depois aos Açores para mais uma comissão de serviço na Região.
O NRP António Enes é uma das duas últimas corvetas presentemente ao serviço da Marinha.

IDENTIFICAÇÃO E ORIGEM DAS VÍTIMAS

blankNo acidente faleceram o 2º tenente AN Francisco Jaime Poças Vicente da Rosa (de 25 anos, solteiro, nascido em Santa Maria, Açores), o 1º marinheiro AD Júlio Correia Marques (de 28 anos, casado, da Baixa da Banheira), o 1º marinheiro M Roberto Matos Arruda (de 20 anos, solteiro, de Ponta Delgada), o 2º grumete FZ Carlos Alberto Marques Mendes (de 21 anos, solteiro, do Barreiro), e desapareceram no mar o 1º marinheiro A Domingos do Nascimento Raposo (de 23 anos, solteiro, de Miranda do Douro) e o 2º grumete A Paulo de Almeida Castelhano (de 21 anos, solteiro, de Águeda).

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(Nota: Os autores do artigo não adotaram o Acordo Ortográfico na sua redacção.)

Link para a notícia publicada pela RTP Açores em 10 de Março de 2017, sobre o acidente: https://www.rtp.pt/acores/sociedade/marinha-recorda-acidente-na-corveta-antonio-enes-a-chegada-ao-faial-video_53181

Link para a notícia publicada pela RTP Açores em 10 de Março de 2017, sobre a homenagem realizada no Faial: https://m.facebook.com/ watch/?v=1004237723046294&_rdr

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