O Vice-presidente do Governo afirmou que o fenómeno da imigração pode constituir uma oportunidade para a Região, na medida em que “o despovoamento populacional no arquipélago é já um problema sério, sobretudo nas ilhas mais pequenas, que tem de ser enfrentado”.
“Embora não haja soluções milagrosas para este problema estrutural, os imigrantes podem contribuir decisivamente para o atenuar desta tendência”, referiu.
Artur Lima falava na sessão de abertura da apresentação do Projeto REGIN na Região, onde realizou uma intervenção acerca da relevância deste projeto para os Açores e os desafios que se colocam à Região ao nível do acolhimento de migrantes.
Em relação à estratégia do Governo dos Açores para o acolhimento dos imigrantes na Região, o governante referiu que esta assenta numa “dupla ação”: por um lado, pretende-se promover a “plena integração das comunidades imigrantes”, por outro, é necessário garantir a preservação da “identidade cultural açoriana”.
“Esta dupla ação concretiza-se com base no diálogo permanente entre comunidades e na promoção de iniciativas, como seja o reforço do ensino da língua portuguesa, o fomento da formação profissional ou o incentivo da capacidade empreendedora dos cidadãos de nacionalidade estrangeira”, disse.
Segundo os últimos dados do SEF referentes a 2019, existiam quase quatro mil imigrantes residentes nos 19 concelhos dos Açores, provenientes de 95 nacionalidades diferentes.
Para o Vice-presidente do Governo, esta diversidade cultural é um “ganho notável”, uma vez que enriquece a sociedade açoriana em todas as dimensões.
O Projeto europeu REGIN – Regions for Migrants and Refugees Integration tem como objetivo principal reforçar a capacidade das entidades regionais na promoção da integração dos migrantes.
Aprovado no âmbito do FAMI – Fundo Asilo, Migração e Integração, o projeto tem a duração de dois anos e é liderado pela CRPM – Conferência das Regiões Periféricas Marítimas.
Artur Lima mostrou-se convicto nas mais-valias do Projeto REGIN na definição de uma “ação mais eficaz no acolhimento dos migrantes” nas diversas regiões europeias.
O Governo dos Açores, como parceiro do projeto, participa, através da Direção Regional das Comunidades, na prossecução dos seus objetivos na Região Autónoma dos Açores.