Minha Pancada – Vamos fazer amigos entre os Animais

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“Vamos fazer amigos entre os Animais, amigos destes não são demais na vida e vêm aqui mostrar, que têm uma família como eu e tu …” Já dizia a música do famoso e antigo programa de televisão “Arca de Noé”, cantada pelo Avô Cantigas em 1990. Lembra-se? Os Animais são nossos companheiros na nossa caminhada pela Terra. Eu defendo os Direitos dos Animais. Eu não vejo certo amar os Animais de companhia como fossem Seres humanos. Devemos amar todos os Animais? SIM. Deve-se humanizar os Animais? NÃO. Deve-se tratar os Animais com Humanidade? SIM.
A preocupação com o bem-estar Animal tem sido incorporada nas legislações nacionais. Na Lei portuguesa, os Animais já não são meros objetos, coisas descartáveis que podem ser abandonadas, maltratadas ou mortas. Na prática, há muito ainda para fazer. Nós não queremos que os Animais no Faial sejam vítimas da nossa falta de humanidade. Quem praticar crime contra a Vida Animal deve ser responsabilizado por isso. A criminalização do abandono e de maus-tratos a Animais de companhia já foi uma grande vitória.
Quando a Lei fala de Animais de companhia perigosos ou potencialmente perigosos, temos de perceber que o perigo reside nos donos de Animais de companhia perigosos ou potencialmente perigosos. A convicção de que a perigosidade canina, mais que aquela que seja eventualmente inerente à sua raça ou cruzamento de raças, se prende muitas vezes com fatores relacionados com o tipo de treino que lhes é ministrado, as condições de alojamento, a ausência de afetos e socialização a que os mesmos são sujeitos.
Sobre a entrada de Animais de companhia em espaços fechados, de lojas, cafés e restaurantes – além dos já autorizados cães de assistência, isso motivou mal-entendidos hilariantes e algumas maledicências. Tais pessoas não perceberam o Espírito da Lei. Em vez de ser a Lei a proibir, agora cabe ao dono do estabelecimento decidir se permite a entrada ou não, se o estabelecimento tem ou não condições físicas para isso, e quais as condições em que o permite. Isso foi outra vitória.
Não é só os Animais de companhia que merecem ter direitos e ser protegidos dos Seres desumanos, são TODOS os Animais – mesmo os que são destinados ao abate para alimento em Matadouros e à industria de laticínios, em especial, os touros que são vítimas do lobby da industria tauromáquica, o abate de tubarões em alto-mar (por vezes vivos) só para cortar as barbatanas, os Animais selvagens que são vítimas do comércio ilegal, que são vítimas da caça e pesca predatória e os que vivem em Circos e em Zoológicos.
Certo é que os animais abandonados à sua sorte nas ruas, ficam dependentes da bondade de estranhos ou de instituições de abrigo aos animais para sobreviverem. A solução fácil tem sido a sua morte por eutanásia nos canis municipais. Por vezes, são vitimas de extrema crueldade de alguns Seres desumanos. Podem acabar envenenados, comer vidro miúdo ou mortos a tiro, e crias podem ser lançadas no contentor do lixo vivas, afogadas ou enforcadas.
No Faial, a decisão da presidência da CMH do implemento de campanhas de esterilização de Animais de companhia, bem como da necessidade da construção de um Centro Municipal de Recolha e Socorro Animal (assim eu prefiro chamar), deve ser elogiada e vamos estar muito atento a esse assunto. Temos de ser mais solidários e apoiantes da AFAMA e NINOVAN, apesar das dificuldades diárias que enfrentam, tem feito um excelente trabalho na ilha. O Núcleo de Proteção Ambiental do Destacamento Territorial da GNR (na qualidade de Polícia Ambiental) está empenhado no combate aos crimes contra a Vida Animal. O mesmo podemos dizer da Polícia Marítima.

CURIOSIDADES
O Dia Mundial dos Animais celebra-se a 4 de outubro, no dia de S. Francisco de Assis, o santo padroeiro dos Animais. No mesmo dia, celebra-se o Dia do Médico Veterinário, cujo o santo patrono é Santo Elói. O Dia Internacional do Animal Abandonado celebra-se no 3º sábado de agosto, com o objetivo de promover a adoção de Animais abandonados (cães e gatos), a redução do número de atropelamentos nas estradas, na consciencialização das pessoas para não abandonar os seus Animais de companhia, sobre os benefícios de os ter e como cuidar deles devidamente. Adotar, cuidar e esterilizar são conceitos fundamentais divulgados neste dia que ajudam a combater o problema da superpopulação de animais nas ruas.

 

José Dias

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