Opinando objectivamente – TÓPICOS: 1-Guias 2-Lá 3-Espalamaca 4-Ler 5-Política

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1 O interesse da Maria João pelas Guias de Portugal viria de princípios da década de 30 do século passado com a criação da Associação de Angra, mais propriamente quando apadrinhou a irmã mais nova no juramento de entrada, facto que sempre lhe vinha à lembrança pela vida fora.

Natural pois que tivesse aceite, de bom grado, o convite na Presidente Nacional para dar sua colaboração na instalação na Horta do movimento ligado à Igreja; teve mesmo grande influência para que ficasse sediado nas Angústias, onde já havia até uma tradição escutista. 

De recordar também que o pároco, Padre Júlio (hoje Monsenhor) logo deu o melhor acolhimento, vendo até uma oportunidade de dar novo folgo ao Grupo existente (misto), o que veio a acontecer, aliás, bem evidente na apreciada reportagem da jornalista Marla Pinheiro do “Tribuna” sobre a comemoração do centenário do guidismo português.

Como por essa altura tivéssemos passado a cumprir o preceito dominial nas Angústias, uma vez houve que, contra o costume, chegámos ligeiramente atrasados; e se estranhámos o facto de a Missa ainda não ter começado, mais surpreendidos ficámos ao deparar à entrada com o já então venerando (hoje saudoso) Chefe Jaime, garbosamente fardado, convidando a Maria João a acompanhá-lo até ao Altar-mor, transbordante de Escuteiros e Guias, estas para primeiro compromisso, perante Deus e a comunidade faialense.

 

2 Não venha dizer o 1º. Ministro lá dos Açores, tal etc…

Isto disse desdenhosamente um desses pseudo comentadores que, com a crise, têm surgido às dúzias nas televisões portuguesas, quiçá, alguns até apanhados a roçar o rabo das calças à porta da estação.

Lá dos Açores, repetimos, como se estas ilhas para nada servissem, esquecendo-se que a sua posição geográfica a meio do Atlântico Norte é o único imprescindível trunfo que resta a Portugal para jogar à mesa da política internacional.

 

3 A “Espalamaca” tornou-se num símbolo das famosas lanchas do Pico.

 Muito especialmente no Canal por Nemésio imortalizado, mas também no Triângulo e nas outras duas ilhas do Grupo Central, e até mesmo nas restante do Arquipélago, muito embora não tenha escalado seus portos.

É a última de tantas embarcações que há muitos anos vinham ligando diariamente Faial e Pico até à chegada dos Cruzeiros para cuja construção muito contribuiu o Dr. Tomaz Duarte Jr..

Compreendida pois a pena sentida pela gente das ilhas do Canal por saber a “Espalamaca” varada ao abandono no porto da Madalena, como natural a esperança agora renascida (qual luz no fundo do túnel) com o propósito do líder centrista em apresentar no Parlamento da Horta um Projecto de Resolução, visando a recuperação da embarcação em apreço.

Por sinal, anunciado aquando do encontro de Artur Lima com picoenses em recente passagem pela vila fronteiriça, dizendo tratar-se de “um ícone cultural e histórico que não se pode perder” E esclareceu: “Os populares querem, primeiro, saber se dá para recuperar totalmente a embarcação, para depois definir se a “Espalamaca” fica integrada nalgum museu ou se é devolvida ao mar com fins turísticos e económicos”.

 

4 Coincidindo com a abertura de mais uma Feira do livro , ouvimos pela televisão que “ler é quase viajar à borla”.

Naturalmente que terá sido disfarçada propaganda ao já tradicional evento primaveril que todos os anos se realiza no Parque Eduardo VII em Lisboa.

Todavia, se tivesse tido como principal alvo convencer os açorianos, com certeza que teria acertado em cheio.

É que as passagens aéreas são tão elevadas que os livros bem poderiam ser uma solução.

Mesmo que fossem mais baratos, uma dúvida, porém, nos fica: Iríamos passar a ler mais?.

5 É assaz conhecida a máxima política de que a Direita poupa para a Esquerda gastar.

Só que uma outra versão agora ouvimos: a Esquerda gasta, para a Direita pagar. Por sinal bem apropriada ao momento presente da vida política nacional.

 

 

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