Produção de leite nos Açores estabilizou no primeiro trimestre de 2019

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DR-GACS
A produção global de leite nos Açores praticamente estabilizou nos 157 milhões de litros, comparando a produção do primeiro trimestre deste ano com igual período de 2018, anunciou hoje a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas.

De destacar que, no primeiro trimestre de 2018, se tinha registado um aumento da produção de 4,7 milhões de litros de leite, ou seja, 3,1%, face ao período homólogo de 2017.

Flores (-21,5%), Pico (-11,6%) e Terceira (-3,4%) foram as ilhas onde ocorreram as maiores reduções da produção no primeiro trimestre de 2019, comparando com o mesmo período de 2018, em contraponto com São Jorge (+5,8%) e São Miguel (+1,9%), onde se registaram crescimentos na produção.

A produção de leite na Região está bem estrutura e tem evoluído sem paralelo, quer em quantidade, quer em qualidade, daí que, nos últimos quatro anos, apesar dos limites impostos à produção por algumas indústrias, houve um crescimento na produção de 9,3%, enquanto a produtividade média, no mesmo período, aumentou 18%.

Estes indicadores são o resultado do esforço e da experiência acumulada dos produtores de leite, da aposta na melhoria genética, das boas condições naturais e dos investimentos que têm sido feitos na modernização das explorações.

Na atual legislatura, que se iniciou em novembro de 2016, já foram aprovados mais de três centenas de projetos de modernização de explorações de produção de leite, num investimento de 35 milhões de euros, e cerca de sete dezenas de projetos de primeira instalação de bovinicultura de leite.

Apesar dos enormes desafios que o setor leiteiro enfrenta na Região, estes indicadores são bem reveladores da capacidade de atrair jovens agricultores, do otimismo e da confiança no futuro da produção de leite na Região.

Dão também boa nota da vontade dos agricultores investirem na modernização das suas explorações, criando melhores condições de maneio do efetivo e de trabalho, sendo ainda uma das formas de procurarem aumentar a eficiência e o rendimento disponível das suas explorações.

Recentemente, na 40.ª Reunião da Primavera organizada pela Sociedade Portuguesa de Pastagens e Forragens, com o tema ‘Pastagens e Forragens Sustentáveis nos Açores’, o Secretário Regional da Agricultura e Florestas defendeu  que a valorização das pastagens no arquipélago constitui uma enorme mais-valia para a redução de custos nas explorações, para a sustentabilidade ambiental, além de ser uma vantagem competitiva que as indústrias devem potenciar em termos de valorização das suas produções”.

Na ocasião, João Ponte destacou que o facto de os consumidores estarem cada vez mais sensibilizados para as questões do bem-estar animal, da sustentabilidade ambiental, e dispostos a pagar mais para consumir produtos de maior qualidade nutricional, produzidos à base de pastagem, associados a práticas agrícolas amigas do ambiente, constitui uma grande oportunidade que as indústrias têm por transformar leite dos Açores, o qual deve ser posicionado nos mercados associado à imagem de natureza e sustentabilidade.

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