Ricardo Nunes quer voltar a jogar após superar cancro e subir Chaves à I Liga

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O guarda-redes Ricardo Nunes, do Desportivo de Chaves, da II Liga de futebol, de regresso aos treinos sem limitações após ultrapassar um problema oncológico, disse hoje que voltar a competir será “importante após um momento tão difícil”.
“Voltar a jogar será sempre importante depois de passar um momento tão difícil. Esse jogo vai ser sempre especial e um troféu por conseguir ultrapassar uma coisa tão dolorosa como o cancro”, confessou em declarações aos jornalistas após a sessão de trabalhos que decorreu em Chaves, no distrito de Vila Real.

Três meses depois de ter interrompido a carreira para tratar um problema oncológico, Ricardo Nunes voltou aos treinos na terça-feira sem limitações ao serviço do clube do segundo escalão.

“Seria a cereja no topo do bolo para mim e para premiar os adeptos que sempre estiveram do meu lado com mensagens bonitas de apoio”, acrescentou Ricardo Nunes.

O futebolista natural da Póvoa do Varzim explicou que foi detetado um tumor no testículo, que obrigou à sua remoção e colocação de uma prótese e que agora tem de fazer exames de rotina de três em três meses durante um ano.

“Os riscos que tinha era que ao fazer quimioterapia podia ficar infértil. Felizmente tenho dois lindos filhos e não contava ter mais. Esteticamente está tudo igual ao que estava antigamente, não tenho qualquer pudor ou receio”, vincou.

O capitão do Desportivo de Chaves interrompeu a sua carreira de futebolista em 20 de agosto para tratar um “problema oncológico”.

Ricardo Nunes, de 37 anos, foi sujeito em 27 de agosto a uma intervenção cirúrgica, que decorreu no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto.

O experiente guarda-redes quer ser “um rosto” para as outras pessoas que sofrem de doenças oncológicas e que estão “em situações mais complicadas”.

“Nunca pensei em desistir, mas pus de lado a carreira pois a prioridade é a minha vida e o foco foi lutar pela vida. Agarrei-me a isso, fui tratado como se estivesse em casa no IPO, a dra. Matilde foi o meu anjo da guarda, e desde as pessoas do parque de estacionamento a limpeza, todos são importantes para pessoas que passam por estas situações”, explicou.

Para Ricardo Nunes, a força da família e amigos foi importante para ultrapassar o problema, que foi tratado rapidamente por ter sido detetado numa fase inicial.

“Tive um pouco de sorte, o meu caso foi detetado numa fase inicial e isso foi importante para não fazer certos tipos de tratamentos e estar aqui o mais rapidamente possível”, acrescentou.

Ricardo Nunes aconselhou ainda que todas as pessoas que passam por um problema oncológico devem ser sempre acompanhadas por um psicólogo.

O experiente guarda-redes representa pela quarta temporada consecutiva o conjunto transmontano, agora na II Liga, após três épocas no escalão máximo, tendo realizado um total de 59 partidas.

No seu currículo conta com passagem por clubes como FC Porto, Académica, União de Leiria e Varzim, no qual fez a sua formação.

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