SATA – PSD reforça importância da empresa para a Região e apela à sua salvação

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DR/PSD
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O PSD/Açores mostrou uma imensa preocupação com o futuro do Grupo SATA, reforçando a importância do mesmo para a Região e pugnando por “uma gestão transparente que possa ser a salvação da empresa”.

“Há uma preocupação com a existência da SATA, que é essencial para os Açores e para os açorianos”, disse o vice-presidente do partido, Pedro Nascimento Cabral, lamentando que a investigação em curso da Comissão Europeia (CE) aos apoios do governo à empresa, “coloque a Região numa situação desprestigiante e embaraçosa”.

“O PSD/Açores quer fazer parte da solução e não do problema, e já envidou esforços e contactos, junto do Grupo Parlamentar do PSD/Europa e junto do PPE, o maior grupo político europeu, para que sejam tidos em conta os argumentos da Região e que consigamos juntos, salvar a nossa companhia”, reforçou.

Aquele responsável avançou que o partido “utilizará de toda a sua influência nacional e europeia para que se evite o pior cenário equacionado na carta da CE”.

“Defendemos a importância de um trabalho concertado na defesa dos interesses dos Açores, e lamentamos que o Governo Regional e o PS não pensem assim pois, para nós, os Açores e os açorianos estarão sempre acima dos combates eleitorais”, disse.

O social democrata falava após a divulgação na integra da comunicação da CE sobre o pedido de autorização de ajudas de estado à SATA, onde disse que, “caso se prove ter havido alguma ilegalidade, então Vasco Cordeiro deve mesmo demitir-se”, adiantou.

Pedro Nascimento Cabral explicou que a CE descobriu aumentos de capital na SATA “que podem constituir-se como ajudas de estado ilegais, avançando para um processo de inquérito, que levanta suspeitas sobre a gestão da empresa, o que além de embaraçoso, mostra suspeitas de que a Região não cumpriu a legislação europeia”, disse.

No fundo, Portugal “tem de provar que os três aumentos de capital recentes na transportadora SATA não foram ajudas do Estado”, para então ser garantida a conformidade do apoio de 133 milhões de euros pedido recentemente.

O vice-presidente do PSD/Açores lembra que, “tudo isto seria desnecessário se, em 2017, o governo tivesse seguido a proposta do PSD para um reforço do capital do Grupo SATA, com a necessidade de autorização prévia da CE, procedimento que o executivo conhecia, mas não seguiu”, reforça.

Pedro Nascimento Cabral alertou que a situação a que a SATA chegou, “é anterior à pandemia da Covid-19. No pedido de ajuda do Estado português, está bem patente a situação insustentável da companhia desde pelo menos 2014, o que aliás impede a companhia de, precisamente, recorrer ao apoio dado pela UE no âmbito do atual problema de saúde pública”.

O dirigente do PSD/Açores criticou a postura do governo regional que, “ao desvalorizar a investigação suscitada, corre riscos desnecessários que podem levar a nossa companhia aérea à falência. A situação é grave e essa forma de estar é manifestamente eleitoralista”, lamentou.

“Ao omitir informação, o governo procura que as más notícias cheguem apenas depois das eleições de outubro próximo, fugindo assim ao julgamento pelos açorianos da sua responsabilidade na gestão do dossier SATA”, sublinha.

Segundo o social democrata, a Região tem de apresentar a Bruxelas, no prazo máximo de um mês, “toda a informação necessária relativa à SATA para que o princípio da lealdade e transparência não esteja, mais uma vez, em causa”.

O PSD/Açores continua a defender a separação das empresas do Grupo SATA, nomeadamente a SATA Air Açores, SATA internacional – Azores Airlines, SATA Gestão de Aeródromos e SATA Handling, pois “só assim será possível defendermos a nossa companhia, apostando na sua sustentabilidade e nos postos de trabalho, que são o seu principal ativo”, disse Pedro Nascimento Cabral.

Acrescentando que a SATA Air Açores “deve ter capitais exclusivamente públicos e a SATA Azores Airlines capitais maioritariamente públicos, com uma gestão profissional, que sirva os Açores e os açorianos, sem interferências políticas”, sublinhou.

O vice-presidente social democrata insistiu que o plano de reestruturação da empresa “tem de ser divulgado o mais rapidamente possível”, assim como a SATA “deve, com este financiamento reduzir urgentemente o montante da dívida a fornecedores, injetando assim dinheiro na economia dos Açores”, concluiu.

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