Adotar uma criança é um ato de amor

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Em média é adotada uma criança por dia em Portugal. Trata-se de um processo que deixou de ser exclusivo dos casais.

Em Portugal existem atualmente pouco mais de 500 crianças em condições de ser adotadas, mas são mais de dois mil os processos de candidatos a futuros pais.

De acordo com os últimos dados do Instituto de Segurança Social (ISS), desde junho de 2006 até abril deste ano foram adoptadas em Portugal 2.022 crianças. Ou seja, todos os anos 404 menores encontraram uma nova família.

Conseguir adotar uma criança pode chegar a demorar vários anos, mas nem por isso quem sonha ter um filho deixa de tentar a sua sorte por esta via, quer esteja sozinho ou acompanhado.

O processo de adoção não é simples: é preciso cruzar o perfil da criança com o dos futuros pais para garantir que as expectativas não são goradas.

A adoção em Portugal é uma realidade crescente, mas também está rodeada de muitas dúvidas por parte de quem procura as primeiras informações: Onde me dirijo? O que tenho de fazer? Que documentos são necessários? Existem pré-requisitos? Quanto tempo demora?

No Faial existe uma equipa que trata de todas estas questões. Tribuna das Ilhas esteve à conversa com as responsáveis, Lubélia Azevedo e Sandra Silveira Silva, com o objetivo de pôr cobro as todas estas dúvidas.

 

Nádia Silva e Ruben Amaral estavam casados há seis anos quando decidiram candidatar-se ao processo de adoção. Hoje em dia, três anos e oito meses depois de estarem em lista de espera, são pais de um menino.

Depois de vários tratamentos de fertilidade a verdade é que nunca conseguiram ser pais porque o relógio biológico não deixou mas a vontade de adotar já não era nova e, conforme nos conta Nádia “não se tratou de um processo de maternidade de substituição, porque sempre quisemos adotar independentemente de conseguirmos ou não ter filhos.”

“Depois de vários tratamentos pensei “para que me vou estar a massacrar se existem tantas crianças que precisam de uma família. Cheguei mesmo ao ponto de pensar que estava a ser ridícula comigo mesma, pelo que optamos por tentar a adoção”.

Nádia confidencia-nos que o processo foi longo e deveras intrusivo mas isso nunca os demoveu.

“O início do processo é bastante extenuante. Entregámos mil e um documentos, fomos alvo de testes e visitas domiciliárias e, passado algum tempo, julgo que mais de um ano, recebi uma chamada. Nessa altura o meu coração estremeceu porque pensei que tinham encontrado uma criança para nós. Mas não. O propósito era convocar-nos para uma formação. No dia seguinte à formação, aí sim, recebi outro telefonema mas para me dizerem que tinham um menino”, conta à nossa reportagem.

Nádia Silva diz que “não há palavras para explicar o que senti quando recebi o telefonema. Isso aconteceu por volta do meio-dia e até às 16h00, hora em que tinha que me apresentar, parece que passou uma eternidade.”

Esta mãe conta que quando viu a fotografia do seu filho o achou “a criança mais linda do mundo”. Pessoalmente só se viram na semana seguinte, “esta espera é aquilo a que chamamos um parto difícil. Foram dias e horas de ansiedade”.

“A primeira vez em que o vi ele estava a dormir e ainda ensonado veio ter comigo, muito magrinho. Nunca pensei que ele tivesse 13 meses… pedi-lhe o colo e ele esticou-me logo as mãos”, conta emocionada acrescentando que “durante todos os dias em que lá fomos ele ficou a chorar na hora da despedida, o que me partia o coração”.

 

LEIA A REPORTAGEM COMPLETA NA NOSSA EDIÇÃO IMPRESSA DE 14 DE AGOSTO.

 

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