Nos Açores, o acréscimo de informação ajuda agora à consideração das periferias, que manifestam desempenhos históricos de relevo, úteis na correção e no complemento do conjunto. Atentemos, por exemplo, na proeminência do porto da Horta e da ilha do Faial, entre os séculos XVII e XIX, convertidos em principal escala do comércio e da navegação no Atlântico, sob o amparo do incessável jorro de vinho do Pico. E ainda no centro do arquipélago, na Graciosa, descortinamos um celeiro só ofuscado pela aguardente de setecentos, que prima pela exportação de cevada, trigo e milho para o Reino, a Madeira e o Norte de África; em S. Jorge, a excelência das pastagens antecipa a quase monocultura da vaca da 2ª metade do século XX, fruto da pujança da pecuária, expressa no bom queijo. E, nas extremidades do arquipélago, às Flores e ao Corvo acedem as armadas ibéricas das especiarias, do ouro e da prata, também os corsários e os piratas da Europa do Norte, atraídos pelas frotas de Portugal e de Espanha, de cujo embate decorre a conversão dos fundos marinhos em santuário da arqueologia naval internacional; em Santa Maria, após a 2ª guerra mundial, subsiste a função de apoio às comunicações, as aéreas, depois de uma longa remessa de louça, telha e barro para todas as outras ilhas.
Este conteúdo é Exclusivo para Assinantes
Por favor Entre para Desbloquear os conteúdos Premium ou Faça a Sua Assinatura