As Perguntas de uma Senhora

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Em tempo oportuno, foi anunciada a candidatura de Vasco Cordeiro como uma candidatura jovem: uma nova geração para os Açores e pelos Açores. O PSD depressa respondeu a afirmar que vai ganhar as eleições com os jovens.

Em tempo oportuno, Vasco Cordeiro informou os açorianos de que estava a trabalhar para a redução do preço dos transportes. Curiosamente, o PSD reforça agora a sua posição acerca do preço dos transportes pela voz da sua líder, sublinhando o que já todos sabem e o que o PS já assumiu, com responsabilidade e com maturidade política porque mais vale fazer o que é possível dentro do quadro da situação real dos Açores do que prometer mundos e fundos, como fez Passos Coelho antes das eleições para logo a seguir fazer o contrário do que tinha assumido como compromisso.

Em tempo oportuno, Vasco Cordeiro deu a conhecer o que irá fazer na sua política de emprego, no apoio às empresas, no reforço da economia social, na requalificação dos trabalhadores, na aposta em novos produtos, no incentivo à criatividade e à inovação e no aumento das exportações. Logo a seguir vem a líder do PSD pronunciar-se de modo semelhante, mas apresentando-se como autora destas e de outras ideias.

Até aqui, nada a estranhar. Há muito que nos habituámos a ouvir o PS anunciar medidas concretas em relação em desemprego, ao apoio às famílias, aos jovens e aos idosos, à agricultura, à pesca e à indústria e o PSD vir no seu encalço, com grandes efeitos mediáticos, salientar como suas medidas idênticas nesta ou naquela área.  

Dizia eu nada a estranhar… mas há quem estranhe! Há quem ouça tudo isto e fique baralhado e desacredite a política e os políticos porque pensa que “é tudo farinha do mesmo saco”. E há quem pergunte, talvez menos ingenuamente e mais sagazmente: por que será que a líder do PSD quando esteve a gerir os destinos da SATA não reduziu significativamente como agora diz o preço dos transportes para impulsionar a economia e desenvolver o turismo? Por que será que diz que vai poupar dinheiro no número de políticos se aumentou o número de colaboradores quando entrou para a Câmara de Ponta Delgada? E por que será que diz que vai apoiar o desemprego se ainda há pouco dispensou algumas pessoas da mesma Câmara? E por que será que fala tanto em desperdício e em contas se enquanto tomou conta das finanças nos Açores não poupou nada, deixou dívidas que o PS veio pagar e enquanto presidente de um município é um tal gastar em assuntos de utilidade duvidosa? E por que será que as contas desta Região com o PS tem andado certinhas e merecem credibilidade nacional e internacional e até nos pedem solidariedade para com quem não teve problemas em gastar?

Diz o PSD que Vasco Cordeiro não é novo na política. E Berta Cabral há quantos anos anda nela e por quantos cargos já passou? Seguramente mais uns quantos anos… e não vamos dizer quantos para não sermos deselegantes. Mas já houve quem contasse. A mesma pessoa que fez estas perguntas sabe tudo direitinho. E é uma mulher que não está nem nunca esteve na política, mas está atenta ao que se passa na sua terra. E não deixa por bocas alheias o que pode dizer. Só lamenta que no meio de tanto discurso contraditório e de tanto engano, haja quem fique confundido e pergunte: para quê votar? É tudo igual… Sabem o que ela responde? Ora, para quê… para não comer gato por lebre!

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