BE:”Mapa anual de recrutamento para as escolas deixa centenas de trabalhadores no desemprego e as escolas numa situação de maior instabilidade”

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O mapa anual global consolidado de recrutamento de pessoal para o ano de 2022 mostra que o número de postos de trabalho previstos deixará centenas de trabalhadores no desemprego, até ao início do próximo ano letivo, e as escolas em situação de maior instabilidade.

Foi publicado, ontem, pelo Governo Regional o mapa anual de recrutamento para 2022, no entanto as 633 vagas preenchidas por trabalhadores em programas socioprofissionais não foram consideradas, nem mesmo as 339 que representam o número de trabalhadores que saem das escolas até ao início do próximo ano letivo.

Estão previstas apenas 179 vagas para assistentes operacionais, ou seja, depois de preenchidas haverá menos 160 funcionários, sendo que no início do ano letivo haverá menos 339 assistentes operacionais porque os concursos muito dificilmente estarão concluídos até essa data.

No último plenário, o Governo assumiu que não iria cumprir a proposta aprovada do Bloco de Esquerda para a contratação urgente de funcionários para as escolas e a prorrogação extraordinária dos atuais programas ocupacionais até à conclusão destes concursos, de modo a garantir as condições mínimas para o início do próximo ano letivo.

O mapa anual de recrutamento aprovado vem comprovar que a intenção do Governo Regional não é a de resolver os problemas de base das escolas, mas sim de perpetuar a precariedade e a falta de recursos nas escolas, que serão assim prejudicadas pela opção política do Governo.

As afirmações da Secretária Regional da Educação e Assuntos Culturais no último plenário, deixam claro qual o plano deste Governo para as escolas da região. As vagas previstas serão muito insuficientes para colmatar necessidades das escolas, o que levará a que se continue a recorrer a programas ocupacionais, para encobrir a falta de pessoal não docente nas escolas.

O exemplo de uma situação flagrante é a da Escola Básica Integrada de Rabo de Peixe, que tem assistido à saída de vários assistentes operacionais, o que inclusivamente deu origem a uma manifestação por parte dos encarregados de educação em frente à escola, e que não tem prevista nenhuma vaga para contratação efetiva destes profissionais.

As escolas terão, assim, muita dificuldade em ultrapassar as dificuldades com a falta de pessoal, colocando em causa a segurança e o próprio sucesso escolar dos estudantes.

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