O incrível aconteceu, em Lisboa, nos primeiros dias de Agosto. A Jornada Mundial da Juventude – que melhor seria designar no plural – foi um evento de dimensões gigantescas, mobilizador de mais de um milhão de jovens vindos de todos os cantos do mundo, e situado numa cidade que não chega a ter um milhão de habitantes. Parece, até, que está mais próxima do meio milhão. Ou seja: admitindo que grande parte dos “peregrinos” já morava na cidade ou nos subúrbios, pode seguramente dizer-se que a população do centro urbano, no mínimo, duplicou. Essa população adventícia, cujas idades predominantes qualquer pessoa pôde avaliar pela televisão, moveu-se pelas ruas e praças da capital portuguesa em grandes magotes, agregados, normalmente, por nacionalidades, mas também por dioceses ou paróquias de origem. O acolhimento e a distribuição pelas facilidades de alojamento, incluindo vários milhares de casas de família e inúmeras instalações sociais, fez-se sem dificuldades nem confusões assinaláveis, por acção de mais de vinte mil voluntários e graças à existência de sistemas logísticos próximos da perfeição. Os “peregrinos” faziam questão de se diferenciar por nacionalidades – com grandes bandeiras enroladas nos corpos ou agitadas pelo vento — , ou mesmo por dioceses ou paróquias. Mas a enorme diversidade de origens era submergida por um imenso clima de união e fraternidade.
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