Façamos um pouco de teoria (a “prática” significa euros, muitos euros). Uma região não é um simples espaço recortado num mapa, porventura associado a uma divisão administrativa. Uma região é um território diferenciado por um conjunto de características comuns, que podem ser da mais diversa natureza – a começar por um conjunto de circunstâncias históricas e uma cultura dominante na população. Mas há que contar com um elemento decisivo, que é o de certa continuidade territorial. Não se poderia fantasiar uma região composta por um pedaço do Alentejo e a ilha de Santa Maria, embora seja possível descortinar alguns vagos aspectos comuns. A continuidade territorial não significa que em toda a região se possa circular por estrada; significa que todos os pontos dela, ainda que separados por mar ou outros obstáculos naturais, estão interligados por vias de comunicação praticáveis, inclusivamente em termos de preços. Não há “região”, em sentido próprio e pleno, se não há meios de transporte público que permitam, de modo acessível e em tempos razoáveis, viajar de um ponto a outro ponto dentro do perímetro territorial em causa.
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