A cidade da Horta, na primeira metade dos anos 40 do século passado, respirava uma estranha atmosfera — um misto de apreensão e euforia. Apesar de as grandes manobras diplomáticas que se desenvolviam nas traseiras da guerra terem, em parte, como objecto o possível papel militar dos Açores, pouco se sabia delas. O ambiente era essencialmente tranquilo. Mesmo o afundamento do submarino alemão U-581, próximo do Pico, nos princípios de 1942, após combate com um navio inglês, foi pouco notado. É verdade que constava nos cafés que tanto os aliados como os alemães faziam planos de ocupação do arquipélago; os militares que, a partir de certo momento, se viam nas ruas em bom número constituíam outro sintoma. Mas o alarme era ténue.
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