Comissariado dos Açores para a Infância – Profissionais de Saúde recebem formação sobre intervenção em crianças vítimas de abusos

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O Comissariado dos Açores para a Infância promoveu a terceira e última edição da ação de formação “Crianças Vítimas de Abusos: A Intervenção em Saúde” dirigida aos profissionais de saúde que exercem funções em entidades com competência em matéria de infância e juventude.
A formação contou com a presença de 76 profissionais de saúde do Faial e do Pico e incidiu sobre a detenção precoce, o encaminhamento adequado e uma intervenção atempada das crianças vítimas de maus tratos.

Na passada semana, o Comissaria-do dos Açores para a Infância, promoveu, no Hospital da Horta, a última edição da ação de formação “Crianças Vítimas de Abusos: A Intervenção em Saúde” que vem qualificar os profissionais de saúde para uma melhor deteção e intervenção em situações de crianças e jovens vítimas de maus tratos.
“Estas sessões têm-nos permitido cumprir o nosso objetivo, não apenas de sensibilizar todos os profissionais para a questão dos direitos da criança, mas também de qualificar a intervenção dos profissionais de saúde nas diversas portas de entrada do sistema, observadores que são privilegiados de eventuais situações de perigo vivenciadas pelas nossas crianças”, sublinhou Isabel Rodrigues, Presidente do Comissariado, na sessão de abertura da formação.
Além da vertente diagnóstica, os 76 profissionais de saúde das ilhas do Faial e Pico, receberam formação sobre o enquadramento jurídico, em particular sobre situações sejam por eles identificadas e que possam corresponder à prática de crimes contra as crianças ou jovens observados ou acompanhados nos serviços de saúde da região.
Para Isabel Rodrigues “é muito importante que os profissionais que interagem ou que observam uma criança estejam preparados para atuar no sentido daquilo que nós consideramos serem três objetivos fundamentais da nossa ação: a detenção precoce, o encaminhamento adequado e uma intervenção atempada”.
Neste sentido, a representante do Comissariado realçou que as sessões que têm sido realizadas “enquadram-se na nossa responsabilidade de fomentar a sensibilização, a informação e formação sobre os direitos, necessidades e interesses da criança e por essa via também contribuir para a melhoria do funcionamento de todas as entidades do sistema de promoção e proteção”.
A finalizar a sua intervenção, Isabel Rodrigues lembrou que “se estivermos atentos e soubermos o que temos de fazer e como o fazer, a nossa ação pode ser determinante do futuro das crianças e dos jovens que se cruzam connosco”.
Presente esteve também, a Secretária Regional da Solidariedade Social, que começou por afirmar que “é sempre com enorme satisfação que vemos a vontade que as pessoas têm de se sentir melhor preparadas para o exercício das suas funções”, porque “para trabalhar com crianças e jovens, não chega a boa vontade”, defendendo que “a inabilidade ou mesmo o amadorismo são altamente penalizadores do desenvolvimento das crianças”.
Andreia Cardoso salientou ainda que são quase 300 os profissionais de saúde que após participarem nas três edições desta ação de formação, no Faial, Terceira e São Miguel, “estão melhor preparados, quer no domínio da deteção e do encaminhamento, quer no domínio da intervenção”.
Estes referidos profissionais de saúde são todos aqueles que exercem funções em entidades com competência em matéria de infância e juventude, na área da saúde, envolvidos nos cuidados e acompanhamento a crianças e jovens, nomeadamente médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas e outros profissionais daquelas equipas.
A governante aproveitou a ocasião para anunciar que o Comissariado vai avançar já no mês de novembro com uma formação dirigida a profissionais da área da Educação. “Entendemos que só assim vamos completando o leque das entidades ou dos profissionais que entendemos que exercem a sua profissão em áreas que são determinantes ao desenvolvimento das crianças”, disse.
Deste modo, Andreia Cardoso afirmou que estas ações vêm dar resposta à necessidade de formação e qualificação dos profissionais açorianos.
Foram formadores nesta ação, Teresa Magalhães, médica especialista em medicina legal e professora na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e no Instituto Universitário de Ciências da Saúde da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, e Jorge Duarte, procurador da República na área jurídica.

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