Cursos de formação vocacional – ESMA e APADIF abrem cursos nas áreas do ambiente/agricultura e turismo

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A Escola Secundária Manuel de Arriaga(ESMA) e a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes da Ilha do Faial (APADIF) juntaram-se num projeto dirigido aos jovens que não se reveem no modelo de ensino regular.
Este projeto consistiu na abertura de dois cursos com a duração de dois anos, com uma componente prática muito forte nas áreas do ambiente/agricultura e do turismo, que são áreas de desenvolvimento da ilha do Faial.
Neste projeto, a ESMA e a APADIF contam com o apoio de cinco entidades locais com as quais assinaram protocolos.

Na passada semana, dia 18 de outubro, decorreu, no Auditório António Duarte, a sessão de assinatura de protocolos entre a ESMA, a APDIF e cinco entidades locais para apoio à realização de dois cursos de formação vocacional que tiveram início este ano letivo. Fazem parte deste conjunto de entidades a Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Ilha do Faial, o OMA – Observatório do Mar dos Açores, a UrbHorta, a Secretaria Regional da Agricultura e Florestas e a Direção Regional do Ambiente.
“São cursos com a duração de dois anos que permitem a obtenção do certificado de terceiro ciclo e que conferem ao aluno um contacto com áreas práticas relacionadas com o ambiente, com a agricultura, com o turismo e com as temáticas que são as linhas de desenvolvimento da nossa sociedade no presente”, avançou Pedro Medeiros, presidente do Conselho Executivo da ESMA aos jornalistas após a sessão, acrescentando que um dos cursos funciona a 50% fora da escola no espaço físico da entidade parceira, a APADIF, e o outro curso funciona a 100% nesse espaço”.
Segundo o presidente da escola estes protocolos, que resultam de um trabalho de preparação de já quase um ano, “permitem à escola a utilização de espaços específicos fora da escola” e o “acesso a formadores de áreas específicas que acompanham os nossos alunos em determinadas horas de formação”.
O professor explicou ainda que estes cursos vocacionais são dirigidos a alunos “que não se reveem no modelo de ensino regular” e que “ao longo de alguns anos não obtiveram sucesso no formato tradicional”.
Pedro Medeiros, demonstrando-se satisfeito pelo balanço positivo dos cursos após um mês do seu início, salientou que há “uma melhoria a nível da assiduidade e ao nível do funcionamento do grupo” dos 26 alunos que os frequentam.
O presidente revelou ainda que “os dois cursos já não conseguiram dar resposta àquilo que nós vimos como necessidade e por isso perspetivamos que no próximo ano estes dois cursos prossigam para o segundo ano e o mais provável será abrirmos mais um ou dois cursos com esta estrutura”.
Na sessão de assinatura dos protocolos usou da palavra José Fialho, Presidente da APADIF, que afirmou que “esta cerimónia oficial de assinatura do protocolo é a concretização de várias reuniões preparatórias entre estas duas entidades que desde o primeiro contacto acreditaram ser possível implementar nesta ilha dois cursos de formação vocacional onde o nosso CDIJ exerce um papel ativo para a sua concretização”.
O representante da associação disse saber que esta “experiência inovadora” não será fácil para os organizadores, “mas acima de tudo gostamos de desafios e é por isso que aqui estamos conscientes dessa responsabilidade” de nos próximos dois anos “proporcionar aos formandos novas experiências, novas perspetivas onde possam adquirir motivação e conhecimentos necessários para poderem mais tarde entrar no mundo do trabalho”.
“Termino apelando a todos os envolvidos que em conjunto consigamos organizar de forma ativa, para quando fizermos o balanço final daqui a dois anos, todos estejam satisfeitos com os resultados e todos sintam que cumpriram a sua parte”, concluiu José Fialho.
Na cerimónia esteve também presente o Secretário Regional da Agricultura e Florestas que reforçou a importância da qualificação na agricultura, relembrando que já são muitos os jovens com formação superior, que vêm na agricultura um projeto de vida pois “ser agricultor é uma profissão reconhecida na sociedade, com desafios permanentes, mas simultaneamente muito enriquecedora”.
“Este sector necessita de jovens qualificados, motivados e empreendedores, sendo por isso mesmo de extrema valia esta interligação entre o mundo escolar e a prática na área agrícola”, sustentou João Ponte.
A terminar a sua intervenção, o titular da pasta da Agricultura garantiu que a disponibilidade do Governo Regional “é total para projetos que visam levar o conhecimento, a experiência dos nossos técnicos na agricultura aos mais novos”.
Por sua vez, o Secretário Regional da Educação e Cultura notou que para os alunos que “menos se adaptam a um currículo regular, tradicional, a via profissionalizante é uma boa solução”, não sendo esta “uma via de segunda categoria”, pois “é também uma via de construção de uma vida digna, até de reingresso, nalguns casos, no ensino regular, do básico ao secundário e até à universidade”.
Avelino Menezes frisou ainda que “neste tempo de grandes desafios, não basta uma secretaria é preciso um governo inteiro para batalhar pela educação porque a educação é simplesmente a melhor forma de combater as desigualdades e de promover o desenvolvimento”.
Para o Secretário Regional, é importante que o Governo, as entidades e instituições se unam “pelo mesmo propósito de criar as condições para que os nossos jovens venham a ter um futuro mais promissor”.

 

Município realiza IV Jornadas de Juventude Empreendedora já no próximo mês

O Presidente da Câmara Municipal da Horta, que falava na sessão de assinatura dos protocolos para a realização dos dois cursos de formação vocacionais, anunciou que por iniciativa do Município vai realizar-se, nos dias 7 e 8 de novembro, as IV Jornadas de Juventude Empreendedora.
Estas jornadas têm por objetivo dar voz aos mais novos nas mais variadas vertentes, desde as artes à economia ou ao desporto.
“Conto convosco e com as vossas ideias para debater as várias temáticas”, disse José Leonardo Silva.
Sobre a assinatura dos protocolos com a ESMA e APADIF, o edil, dirigindo-se aos alunos, salientou que “a sinergia de todas estas entidades para que se faça um programa de motivação para que cada um de vós consiga realizar o vosso sonho e se inserir numa atividade profissional é muito relevante”.
“Todos podem e devem, dentro da sua vocação, dar o seu máximo. Isso é que é importante, isso é que nos cativa. É tão bom ser bom, respeitando os outros. Não devemos ter medo de sermos os melhores”, concluiu. 

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