… foram as dádivas ao Faial das colecções de Orquídeas e Conchas de fama mundial.
A recente inauguração oficial de novo espaço no Jardim Botânico do Faial, visando particularmente devido acolhimento às Orquídeas sem conto, fez-nos lembrar outra valiosa oferta.
Naturalmente que nos estamos a referir aos milhares de Conchas que, segundo Susana Garcia, em crónica na edição de 12 de Agosto de 2016 do “Tribuna das Ilhas”, foram recolhidas durante 20 anos no Indico e Pacifico por Roberto Benevides e Raymond Burr.
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E a conceituada jornalista informa de que a colecção foi especialmente doada à Ilha do Faial por Roberto Benevides através da assinatura em 2015, de um protocolo com a Direcção Regional dos Assuntos do Mar e a Câmara Municipal da Horta, em parceria com o Observatório dos Açores e o Instituto do Mar da Universidade dos Açores que ficaram com a responsabilidade de gerir a colecção.
E no ano seguinte foi inaugurada no Banco de Artistas (ex Banco de Portugal), propriedade da CMH.
A propósito, o Presidente José Leonardo fez questão de lembrar, para que não haja dúvida, na tentação de algum dia alguém a querer levar para outro sitio, que esta colecção foi doada à Ilha do Faial e ao Concelho.
Inteiramente concordante com as oportunas e desassombradas palavras do autarca, ouso lembrar que as apreciadas Conchas continuam fora da vista dos Faialenses e dos turistas, quiçá encaixotadas algures quando mereciam estar em Sala própria.
Aliás, melhor sorte tem as Orquídeas que só dependem do tempo para se mostrarem.
Se muito apreciei a inesperada dádiva à minha Ilha das valiosas conchas, não deixei, porém, de ficar satisfeito com a oferta das magníficas Orquídeas.
Se bem que o venerando casal alemão também achou que o mini-clima de São Lourenço daria melhor vida às belas flores.
Quanto ao acor-americano desconheço se alguma vez esteve no Faial, mas sei que há anos residiu em são Miguel, dedicando-se à cultura de Orquídeas de que a Maria João foi uma das muitas clientes.
Isto na altura em que o amigo Raymond Burr viveu na Horta à frente da Estalagem de Santa Cruz, facto que muito nos agradou, já que então ainda vivia no Faial e acompanhava o dia a dia citadino.
Era então público que uma comensal que lhe manifestou estranheza pelo fraco movimento ao que o Cineastra havia respondido: Olhe só a vinda de amigos norte-americanos pelo Natal o gasto com whisky dá para as despesas.
A propósito, posso adiantar que as desagradáveis consequências do Gonçalvismo explicam a resolução de fazer malas de regresso a Hollywood.
Estou convicto de que a honrada gente do Faial está ligada às duas ofertas em apreço e não deixará perder a ocasião de porem a render as lindas dádivas da Alemanha e de América, como caídas do Céu em época em que a Ilha atravessa difícil crise económica.