Continuam a enganar-nos…

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DR/TI
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Engano n.º 1: É o Governo que tem de se subordinar ao Parlamento e ao Povo Açoriano e não o contrário
Os deputados do PSD/Açores eleitos pelo Faial chamaram o Governo a prestar contas em comissão parlamentar sobre as ligações aéreas no verão de 2018 e sobre o planeamento para o futuro.
O requerimento com pedido de urgência deu entrada na Assem-bleia Regional a 17 de setembro. Compete ao presidente da respetiva comissão agendar a audição, e após um primeiro agendamento para dezembro, isto é, 3 meses após tal solicitação, que acabou por ser cancelado, o governo só foi ouvido a 9 de janeiro de 2019.
Confrontados com um requerimento com pedido de urgência, presidente da comissão e governo, ambos do Partido Socialista, só a “conseguiram” realizar quase quatro meses depois.
Não é caso isolado, são situações recorrentes. É mais um exemplo da subordinação do grupo parlamentar do PS ao Governo do mesmo partido.
A subordinação do grupo parlamentar que tem maioria absoluta leva a que, na prática, se assista à sujeição do Parlamento perante o Governo socialista que se instalou nesta região, há já 22 anos. Uma subordinação que desrespeita totalmente o Estatuto Político-Administrativo dos Açores e as competências do Parlamento Regional.

Engano n.º 2: A promessa de 2018
Em março de 2018, o governo afirmou que, se houvesse necessidade, isto é, se houvesse um aumento da procura, o número de voos seria reforçado no verão.
E logo o Partido Socialista do Faial lhe declarou a sua confiança.
Outro engano. A população do Faial ficou mais de 20 dias isolada no verão de 2018, sem possibilidade de marcar viagem para Lisboa, fosse por questões de saúde, fosse por lazer. (E) obviamente não houve reforço de voos.
Foi a falta de voos e de lugares; a incapacidade de transporte de carga; os atrasos constantes; os voos consecutivos em que a bagagem dos passageiros foi deixada atrás; a falta de apoio aos passageiros dos voos cancelados para a Horta (nomeadamente em Lisboa); e uma inovação em 2018, o cancelamento de vários voos por falta de tripulação.
Foi esta a realidade do verão passado nas ligações aéreas do Faial, culminando com turistas na RTP/Açores a afirmar: “Açores nunca mais”.
Resumidamente, um desastre para a imagem do Faial e dos Açores!
No meio desta operação desastrosa, que se tem repetido desde 2015, salvam-se os funcionários da SATA, que sem terem responsabilidade direta, têm que lidar constantemente com a insatisfação das pessoas. Tornam-se, muitas vezes, alvo da revolta dos passageiros, em resultado das decisões do Governo e/ou da Administração da companhia aérea.

Engano n.º 3: “Dar um calção de praia a quem tem frio”
O verão de 2018 marcou o quarto ano consecutivo em que a ilha do Faial foi claramente prejudicada ao nível das acessibilidades aéreas e o seu desenvolvimento foi condicionado.
Por isso, seria de esperar que o Governo assumisse a sua responsabilidade, que reconhecesse os prejuízos causados e aceitasse um diálogo franco para se encontrarem soluções. Nada de mais errado. O governo mantém a sua arrogância para com o Faial, continua a dizer que esta ilha não precisa de mais voos em julho, agosto e setembro e vai manter em 2019 o mesmo número de ligações nesse período.
Mas para alimentar o discurso de aumento de voos e de lugares para o Faial, decide aumentar os voos em abril, maio e outubro, quando a procura aparentemente não o justifica.
Ou seja, apesar de o Faial precisar urgentemente de mais ligações em julho e agosto (sobretudo nestes meses), o governo “oferece” esses voos noutra altura do ano.
É como dar um calção de praia a um mendigo que precisa de uma camisola para o frio!
O aumento de voos quando a procura parece não o justificar é mais um exemplo da estratégia socialista, que serve para alimentar o discurso de aumento de ligações e pode fazer baixar artificialmente as taxas de ocupação na rota Lisboa-Horta, para que daqui a um ano venha o governo (e outros) usar esse argumento para prejudicar ainda mais esta ilha.
É uma verdadeira armadilha!
Não sei se estes enganos são propositados ou se servem alguma estratégia socialista a longo prazo. Mas os Faialenses e os Açorianos não merecem um Governo que os engane como este continua a tentar.

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