Esta semana escrevi ao Comissário Europeu da Agricultura e Desenvolvimento Rural manifestando o meu desapontamento por ele não incluir os Açores no seu périplo, neste verão, pelas Regiões Ultraperiféricas: em Agosto foi aos territórios ultramarinos franceses, em Setembro vai às Canárias e à Madeira e os Açores ficaram de fora.
Nesta minha carta dirigida ao Comissário argumentei a importância dele vir conhecer o sector agrícola açoriano e renovei o convite que já lhe havia endereçado após a sua tomada de posse, em Fevereiro de 2010.
Tenho a expectativa desta carta poder exercer influência junto do Comissário e tenho a certeza que quanto maior for a pressão mais eficaz será o resultado. Por isso, e como sempre faço quando o interesse dos Açores está em causa, enviei cópia para o Presidente do Governo Regional dos Açores, para o manter informado da minha acção e esperando que esta constituísse também um alerta para que o Governo desencadeasse uma reacção proporcionalmente mais forte junto do Comissário. Mas não…
O Governo reagiu, sim, mas, desorientado, errou o alvo!
Pois é, perante a minha denúncia do Comissário ignorar os Açores, em vez de se juntar a mim, e até chamar o outro eurodeputado dos Açores para, conjuntamente, agirmos para pressionar o Comissário, o Governo resolver criticar-me através de um comunicado supostamente esclarecendo os cidadãos de que eu “em momento algum” havia “solicitado ao “Presidente do Governo que garantisse a vinda do Comissário da Agricultura aos Açores”. Mas o Governo estava então à espera que fosse eu a dizer-lhe para insistir junto do Comissário?! Não sabe o que lhe compete fazer?! E agora que está informado de que os Açores estão a ser preteridos, já protestou junto do Comissário como eu o fiz?! Está o Governo consciente de que esta atitude do Comissário em relação aos Açores reflecte o fraco peso político da nossa Região junto da Comissão da Agricultura?! Duvidará o Governo de que só ganharemos alguma influência política se trabalharmos de forma articulada?! Esta é a minha certeza!
Fico agora a aguardar que o Governo afine a direcção, reconhecendo-me como aliada na defesa da agricultura açoriana e sempre dos Açores. O alvo é outro…
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