O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, ordenou esta quarta-feira a suspensão imediata dos voos dos aviões do modelo Boeing 737 MAX 8 e 9, depois do acidente com o avião da Ethiopian Airlines no passado domingo, dia 10, em que morreram 157 pessoas.
Trump anunciou a medida “com efeitos imediatos” esta quarta-feira em declarações aos jornalistas na Casa Branca, um dia depois de a União Europeia ter fechado todo o seu espaço aéreo a estes aparelhos.
“Vamos emitir uma ordem com caráter de emergência para que fiquem em terra todos os voos do 737 MAX 8 e do 737 MAX 9 e aviões associados a essa linha”, disse o Presidente dos EUA, citado pela Reuters.
Mais de 50 países já fecharam os respetivos espaços aéreos ou imobilizaram os novos Boeing 737 MAX.
É a segunda vez em seis anos que a Agência Federal de Aviação norte-americana (FAA – Federal Aviation Administration) suspende os voos de um Boeing.
A última vez foi em 2013, devido a problemas com o modelo 787 Dreamliner, lembra a Reuters.
A agência noticiosa explica também que Boeing declarou num comunicado que apoia a decisão de suspender os voos com o 737 MAX temporariamente, embora a empresa continue a ter “total confiança na segurança” nestes aparelhos.
Até ao momento, a FAA tinha afirmado que não tinha dados que demonstrassem que estes aviões são inseguros.
Donald Trump garante que o anúncio foi coordenado com as entidades oficiais de aviação do Canadá, com as transportadoras norte-americanas e com a Boeing.
O Presidente disse ainda, citado pela Associated Press, que a Boeing “é uma empresa incrível” e que está a “trabalhar muito, muito arduamente neste momento” para “dar rapidamente uma resposta”.
A queda do aparelho da companhia aérea etíope, um Boeing 737-8 Max, que matou, no passado domingo, as 157 pessoas que seguiam a bordo, apresenta semelhanças sensíveis ao incidente de outubro último, com outro Boeing do mesmo modelo pertencente à Lion Air, uma companhia da Indonésia, que matou 189 passageiros e tripulação.
Os dois incidentes levaram um número crescente de países a fechar os respetivos espaços aéreos, assim como de companhias a decidirem imobilizar os novos Boeing (737-8 Max e 737-9 Max).
Ao grupo de países que seguiram a decisão da autoridade de aviação civil da China, e depois da Etiópia e da Mongólia na segunda-feira, juntaram-se no dia seguinte os 28 membros da União Europeia, entre vários outros países, e ascende agora a mais de 50 o número de países que anunciaram o encerramento dos respetivos espaços aéreos ou a imobilização de aparelhos daqueles modelos.