Fausto Brito e Abreu ouve preocupações da APEDA

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Hoje, dia 20 de janeiro, o secretário regional do Mar, Ciência e Tecnologia reuniu com a Direção da Associação de Produtores de Espécies Demersais dos Açores (APEDA, na Horta, para que os  profissionais da pesca apresentassem as suas preocupações relativas ao setor.

À saída, o presidente da APEDA, mostrou-se satisfeito com a conversa e com os resultados que podem advir desta reunião e revelou terem falado de “vários temas relacionados com a atividade da pesca, a preservação dos recursos e de vários assuntos que interessam muito ao setor”.

“Os golfinhos estão a prejudicar e a ter um impacto bastante negativo nas pescarias dos Açores”, confirmou ainda Jorge Gonçalves.

Para Fausto Brito e Abreu, “a reunião com a APEDA foi muito útil porque a Associação apresentou-nos vários projetos que tem em curso agora e também algumas das suas principais preocupações não só aqui na ilha do Faial, mas nas pescas como um todo”.

“A associação está preocupada com a falta de peixe e fez propostas concretas para a gestão, por exemplo de espécies como goraz. Pediu também mais fiscalização nas zonas de interdição de pescas, que é uma área que sentem que o governo devia estar mais presente”, disse o secretário regional.

Nesta reunião foram também apresentadas propostas e projetos para a diversificação de atividades económicas da comunidade piscatória, como a pesca turismo e a aquacultura.

 Outro dos temas abordados foi o da formação de pescadores, “que é uma área prioritária para o Governo este ano, em que vamos investir mais”, explicou Brito e Abreu acrescentando ainda que “a associação também nos deu algumas ideias em como alterar o currículo os cursos de formação de pescador de forma a serem mais atualizados, permitindo que os pescadores tirem melhor rendimento do pescado que apanham”.

No que diz respeito ao goraz, o secretário do Mar declarou que o Governo Regional “tem estado a avaliar” junto de várias associações de pesca do arquipélago a criação de “um período de defeso, de um ou dois meses, numa altura em que o animal esteja a desovar”, permitindo assim “haver mais peixe mais tarde e numa altura em que o valor em lota do goraz é mais alto”.

A problemática da interação do boto, uma espécie de golfinho, que aprendeu a roubar o peixe aos pescadores, também esteve em análise na reunião.

“Não é um problema só dos Açores, já aconteceu noutras partes do mundo. A tecnologia passa obviamente por não magoar os golfinhos”, assegurou. “É necessário termos um dispositivo que crie um som que seja desagradável mas não demasiado prejudicial, que assuste o golfinho na altura em que está a ser puxado o aparelho de pesca, de forma a não roubarem aos pescadores”, afirmou ainda.

“Julgo que já foram feitas algumas experiências, mas fica um desafio para a comunidade científica dos Açores para arranjar uma solução para esse problema”, concluiu.

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