Fausto Brito e Abreu pede a valorização da pesca artesanal de atum

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No âmbito de uma reunião realizada em Lisboa, onde esteve presente o Secretário de Estado das Pescas, Fausto Brito e Abreu, Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia defendeu que a Região Autónoma dos Açores precisa de ser valorizada e defendida no que respeita à pescaria de atum. O secretário Regional afirmou que o Governo dos Açores pretende que sejam tomadas várias iniciativas, junto da União Europeia, no que concerne aos “problemas de curto e longo prazo da pescaria do atum, bem como apoios e iniciativas que Portugal pode tomar em sede de organismos internacionais para defender os interesses das pescas da Região”. Fausto Brito e Abreu, segundo comunicado do GACS, “solicitou o apoio do Governo da República para que, ao nível da Comissão Europeia e da Comissão Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT), “se reconheça que a pesca de atum com salto e vara praticada nos Açores merece um tratamento diferente da pesca do atum industrial, que usa redes de cerco e tecnologias para agregação de peixe”, nomeadamente os ‘Fish Aggregation Devices’ (FAD)”. “O Governo da República mostrou abertura para fazer diligências junto da Comissão Europeia para restringir o uso dos FAD ao longo da costa africana, o que, no nosso entender, está a limitar o acesso dos cardumes de atum ao mar dos Açores”, afirmou. O detentor da pasta das Pescas disse ainda que é preciso “mobilizar o apoio” de organizações internacionais de defesa do ambiente que “contribuam para a valorização do tipo de pescaria artesanal do atum praticada nos Açores, diferenciando-a da pesca dos cercadores”. Fausto Brito e Abreu revelou também que em setembro, “tenciona reunir-se em Bruxelas com a Comissão Europeia e com organizações não-governamentais internacionais para promover o reconhecimento da pesca artesanal como uma pesca amiga do ambiente e para defender mais restrições à pesca industrial de atum”. Na reunião, estiveram presentes os presidentes da Federação das Pescas do Açores e da Associação de Produtores de Atum e Similares dos Açores (APASA), onde analisaram o aumento do tamanho mínimo do goraz, bem como “a necessidade de se aumentar a quota do goraz ou, no mínimo, manter as 507 toneladas atribuídas à Região”. “Qualquer corte na quota do goraz dos Açores teria um desproporcionado impacto socioeconómico” pois representa “mais de 20% do valor das descargas em lota” disse o secretário, reivindicando ainda na pescaria dos ‘Beryx’ “a reabertura a breve trecho da pesca do alfonsim como captura acessória, sendo que, neste momento, apenas está aberta a pesca dirigida ao imperador”.

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