Histórias de Vida- José Rodrigues Machado: “As empresas locais terão que se adaptar aos novos desafios de um mundo global”

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Machado entrevista

José Rodrigues Soares Machado é conhecido em toda a ilha do Faial pelo Sr. Machado da Foto Jovial.

Na empresa a que o seu nome está ligado, começou a trabalhar em 1959 e 15 anos depois já era sócio da mesma. Aos 85 anos mantem-se no ativo e todos os dias vai para a empresa de que é sócio para, reconhece, manter a sua saúde física e mental. Em nome da empresa foi agraciado pela Câmara Municipal da Horta com a Medalha de Mérito Municipal em 2015.

Cidadão ativo e disponível, participou na promoção da sua terra exercendo vários cargos de natureza política e social, emprestando a sua
colaboração à frente de várias instituições do Faial.

Desportista, enveredou pelo futebol, mas o hóquei em patins, que praticou até aos 50 anos, foi a sua modalidade preferida. Durante alguns anos foi árbitro, essa difícil e às vezes incompreendida função. Colecionou títulos e amizades no mundo do desporto e assumiu também cargos dirigentes, como Presidente da Associação de Futebol da Horta, do Conselho de Arbitragem e do Fayal Sport Club.

Jovial, como o nome da empresa que dirige, José Rodrigues Machado falou com o Tribuna das Ilhas e partilhou alguns momentos do seu rico percurso de vida.

Tribuna das Ilhas (TI) – O Sr. Machado da Foto Jovial, como entre nós é conhecido, é hoje sócio-gerente da empresa Foto Jovial. Como foi o seu percurso de vida profissional?
José Rodrigues Machado (JRM) –Iniciei a minha vida profissional em 1951, com 14 anos, após concluir o 6º ano, na Mercearia Silva, à época conhecida por “Mergulha Feijão”, propriedade de um tio materno.
Decorridos três anos, transferi-me para a loja que existia no rés do chão do Grémio Literário Artista Faialense, onde atualmente funciona a Salchicharia Lisbonense, que funcionava como depósito da empresa Martins e Rebelo, cujos proprietários eram os meus tios José Silveira Soares e Manuel Garcia Silva, tendo exercido estas funções até 1958, ano em que ingressei no serviço militar obrigatório.

TI – Quando entrou ao serviço da sua atual empresa?
JRM – Após concluir o serviço militar, em outubro de 1959, fui contatado pelo Sr. Henrique Silva, na altura proprietário da Foto Jovial, para substituir o seu irmão Olímpio Silva, que iria emigrar para os Estados Unidos da América. Aceitei o convite, tendo ficado responsável pela área comercial, compras e vendas.
Nesta época a Foto Jovial era muito procurada para fotografias de atelier em famílias, documentos de identificação e, também, para reportagens fotográficas de casamentos, eventos religiosos, sociais, desportivos, culturais, Vulcão dos Capelinhos, caça à baleia, aviões da Pan América, etc.
Em janeiro de 1974 fui convidado para sócio da Foto Jovial, assumindo desde essa data as funções de sócio-gerente. Em 1974 a empresa passou a denominar-se Silva, Machado & Faria, Lda.

TI – Sabemos que está reformado, mas vemo-lo diariamente a caminho da Foto Jovial. Porque o faz?
JRM – O principal motivo de continuar a participar na vida da empresa é, sobretudo, o objetivo de manter a minha saúde física e mental, mas também porque entendo que posso dar algum contributo à empresa, tendo em conta a minha longa experiência de 71 anos ao serviço do comércio.

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