Instabilidade na produção de leite gerada pelo Governo pode prejudicar a produção de queijo São Jorge, alerta Carlos Silva

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Carlos Silva realçou, esta terça-feira, que “as medidas que o Governo dos Açores tem tomado para desincentivar a produção de leite têm gerado instabilidade nas entregas às cooperativas e poderão prejudicar a produção de queijo São Jorge”.

O vice-presidente do Grupo Parlamentar falava à saída de uma visita à Finisterra – Cooperativa de Lacticínios do Topo, no âmbito das jornadas parlamentares do GPPS, que decorrem em São Jorge.

Carlos Silva realçou que a entrega de leite nas cooperativas de São Jorge no ano 2021 “foi de 30 milhões de litros”, estimando-se que em 2022 seja de “apenas 27,5 milhões de litros”, quando o limite de produção mínimo por ano, em São Jorge, de acordo com o próprio Governo, “é de 26 milhões de litros”.

Carlos Silva salientou que a atuação do Governo Regional, “ora pagando para reduzir a produção de leite numas ilhas, ora incentivando a produção noutras” tem “gerado muita confusão e falhas no setor do leite e laticínios”, um fator que considera ser “uma ameaça para a produção do queijo São Jorge, um dos mais conhecidos e apreciados queijos, a nível nacional e mundial”.

Para o parlamentar socialista, esta visita à Finisterra “confirmou a recuperação financeira das cooperativas e a valorização do queijo de São Jorge”, que “apenas foi possível graças à aposta que os Governos Regionais sustentados pelo Partido Socialista e, sobretudo, ao trabalho e empenho dos produtores e das cooperativas”.

O parlamentar considerou que o queijo de São Jorge é um “bom exemplo da aposta feita na promoção e marketing de produtos lácteos Açorianos nos últimos anos”, mas realçou que um dos desafios mais importantes do setor passa por “assegurar um rendimento justo, pago ao produtor”.

“Desde a continua aposta na valorização e diferenciação dos laticínios dos Açores, à falta de mão de obra, passando pelo brutal aumento dos custos de produção e não esquecendo o aumento das taxas de juro, o que os produtores de leite e a indústria precisam é de um Governo forte, com uma visão estratégica de desenvolvimento sustentado e sustentável, não o que temos agora. O caminho de pagar para não produzir não é um bom caminho”, sinalizou o deputado do PS, Carlos Silva.

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