Jácome Armas conselheiro da Rede Prestige Azores

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Jácome Armas tem 27 anos e é natural da Horta, ilha do Faial, de onde saiu há 10 anos para estudar Engenharia Física na Universidade de Aveiro.
Ao abrigo do programa Erasmus, partiu rumo à Irlanda para estudar Física Teórica durante um ano no Trinity College de Dublin. 

Após ter terminado a licenciatura, esteve em Inglaterra para completar o mestrado em Estudos Avançados em Matemática na Universidade de Cambrigde na Inglaterra.
Terminou recentemente o doutoramento em Buracos Negros no Instituto Niels Bohr de Astronomia e Física em Copenhaga, capital da Dinamarca e mudou-se agora para a Suíça onde irá colaborar com o grupo de Física Teórica da Universidade de Berna e com o do CERN, que tem o maior acelerador de partículas.
O mais novo e recente conselheiro da Rede Prestige Azores continua a manter uma forte ligação com o Arquipélago, tanto por questões familiares, como pela presença em alguns projetos como é o caso da sua ligação ao jornal Fazendo e a participação no projeto “O Experimentar Na M’Incomoda”.

Voltar aos Açores definitivamente é algo que não está nos planos deste jovem que no entanto vem à sua terra natal com frequência e diz-nos que “quando vou normalmente é porque tenho alguma coisa a fazer (concertos ou outros projectos) ou porque vou visitar a família porque os Açores não estão desenvolvidos em nenhuma das frentes sobre as quais eu trabalho e experimento, isto é, em termos de física teórica, não existem instituições nos açores. Em termos artísticos, para além de os meios serem poucos, não há público.”

Por considerar que “a cultura e a tradição dos Açores é muito rica e em termos artísticos acho que ainda há muito por onde explorar”, Jácome Armas está a preparar uma instalação que explora o acervo musical e sonoro dos Açores.”

Foi em Cambridge, na Inglaterra que o seu interesse para estudar Buracos Negros  despertou, “então, segui para Copenhaga para o Instituto Neils Bohr para fazer um doutoramento em física teórica, no tópico de Buracos Negros em dimensões extra.”

A sua investigação, conforme nos explicou, “anda à volta de uma teoria de gravidade quântica e buracos negros dentro desta teoria de gravidade quântica e essa teoria chama-se teoria das cordas, que para além de muitas coisas, prevê a existência de dimensões extra, para além das quatro do tempo que nós conhecemos. Portanto, a minha investigação consiste em estudar as propriedades de Buracos Negros, caso essas dimensões extra existam.”

Com o seu doutoramento Jácome Armas já conseguiu demonstrar que os Buracos Negros se comportam como materiais conforme a situação, “isto é, podem comportar-se como fluídos, e nesse caso é possível atribuir a esses fluídos uma certa viscosidade, mas também podem comportar-se como sólidos, e nesse caso é possível atribuir características de sólidos que se atribuem normalmente à madeira, ao ferro, ou a qualquer outro material sólido.”

Jácome Armas está, neste momento em Bern no Instituto Albert Einstein onde vai  continuar a investigação.

Recentemente fez parte da iniciativa ”Ciência e Cocktails”  que consiste numa série de palestras científicas que decorrem em conjunto com um performance de arte digital.  A popularidade deste evento tem vindo a crescer e, muito recentemente, contou com a participação do cientista americano Michael Shermer que se deslocou pro bono até Copenhaga para ministrar uma palestra. 

Neste momento este jovem faialense, está a compilar um livro de entrevistas a físicos teóricos sobre diversas teorias de gravidade quântica. 

Um dos seus últimos trabalhos consistiu em construir lâmpadas subaquáticas com capacidade de emergir e submergir à superfície e que tinham a particularidade de reagir a sons, desde os sons da cidade aos sons das pessoas a falarem. 

Admite ser viciado em criação e manipulação de som usando diferentes sensores ou “simplesmente coisas que toda a gente tem e não se apercebe das suas capacidades”. 

São conselheiros desta Rede Prestige Armando Pereira, Arthur Teixeira, Caetano Serpa, Craig Mello, David Tavares; Alfredo Passos, Elvino Sousa, Frank Sousa, Helder Antunes, Irene Blayer, John Melo, Jorge Grave, José Teixeira, Manuel Lima, Maria Serpa, Nuno Couto, Rui Ponte e Rui Vieira, este último também faialense. 


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