Sociedade Filarmónica União Faialense celebra hoje o seu 115.º aniversário

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 A Sociedade Filarmónica União Faialense celebra hoje, dia 17 de Maio, 115 anos de existência.

Na passagem de mais um aniversário a filarmónica apresenta-se com saldo positivo, pelo menos no que às finanças diz respeito. Já no que toca a recursos humanos, o mesmo não se pode dizer. O presidente afirma que há falta de pessoas para integrar o corpo directivo, que queiram trabalhar e contribuir para garantir o futuro desta agremiação cultural centenária.

Reza a história que a SFUF, inicialmente designada de “União Musical”, foi fundada a 17 de Maio de 1897, nas Angústias, por iniciativa de Roque de Morais, pároco da freguesia, e de outros angustienses: Tomé Rodrigues, Luís Rodrigues, Luís Goulart, Tomé Silveira Rodrigues, João Caetano da Rocha, Manuel Saul Teixeira e Manuel Pimentel do Amaral. Tendo como sua padroeira Nossa Senhora das Angústias, a primeira sede da banda funcionou mesmo a sacristia da Igreja da paróquia. 

Só em 1989 é que a SFUF conseguiu ter sede própria, quando a Câmara Municipal da Horta lhe concedeu a antiga Escola da Canada, na Rua Capelo Ivens, que ainda hoje e após uma grande recuperação lhe serve de casa.

A 14 de Setembro de 1993 gravou o seu primeiro e único trabalho, uma cassete com 12 temas. A 17 de Maio de 1994 editou o livro Sociedade Filarmónica União Faialense, Subsídios para a sua História, da autoria de Carlos Lobão.

É seu actual regente José Maria Silva, que é também o professor da Escola de Música, uma actividade que a SFUF leva a cabo com o objectivo de formar tocadores e aumentar o número de elementos da banda. 

Emanuel Pacheco assumiu a presidência da SFUF há pouco tempo, mas conhece bem os “cantos à casa”, pois antes de exercer estas funções ocupava o cargo de tesoureiro.

Em dia de aniversário, Tribuna das Ilhas foi ao encontro da SFUF para uma entrevista a duas vozes, com o presidente e o vice-presidente, Mário Laranjo. Ambos falaram com mágoa da dificuldade em conseguir recursos humanos para integrar os corpos gerentes e de angariar elementos que queiram tocar e trabalhar para manter esta instituição de portas abertas.

Para os primeiros responsáveis da SFUF, o “grande objectivo neste momento é manter a actividade”. Os dirigentes consideram que o Faial está com graves problemas nesta matéria: “temos duas filarmónicas que fecharam e não queremos que isso aconteça à nossa. Temos de continuar a cativar pelo menos os que já estão cá dentro”, referem.

Outro problema que a filarmónica enfrenta diz respeito aos tocadores mais jovens: “é difícil incutir nas crianças o gosto, o respeito e a responsabilidade de ser tocador numa filarmónica”, afirmam, acrescentando que “as crianças têm muitas actividades extra”. 

 “Para os pais é muito bonito ter os filhos a aprender a tocar musica na filarmónica e a vestirem uma farda, mas depois, quando os compromissos aparecem, fica tudo mais complicado. Por vezes são os próprios pais que não querem assumir o compromisso de trazer as crianças ao ensaio e elas acabaram por abandonar”, dizem.

Neste momento a SFUF conta com 49 elementos com idades entre os 10 e os 73 anos. Por norma, a filarmónica realiza três ensaios semanais. Com esta frequência, é complicado juntar todos os tocadores e os ensaios são feitos com apenas metade dos músicos. Neste cenário e com as saídas à porta, começam a faltar tocadores para alguns “naipes”.

 

Leia esta reportagem completa na Edição impressa do Tribuna das Ilhas de 18 de Maio de 2012

 

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