Observatório do Atlântico será criado na ilha do Faial

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O Observatório do Atlântico, que será criado na ilha do Faial, já tem a sua Comissão instaladora, constante da Resolução do Conselho de Ministros do dia 24 de Novembro

Por Resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República no passado dia 24 de Novembro, foi constituída a Co-missão Instaladora do Observatório do Atlântico. A referida Resolução, para além de uma elencagem dos objectivos que o Observatório do Atlântico pretende concretizar, estabelece que cabe à Comissão Instaladora definir as medidas e os instrumentos necessários à criação, instalação e operacionalização do Observatório do Atlântico, bem como a apresentação da estimativa dos encargos necessários à sua instalação e funcionamento.
O conceito associado ao Observatório do Atlântico, de funcionamento em rede com as unidades de investigação e desenvolvimento sobre o Mar existentes em Portugal, assegura e determina o envolvimento de todas as áreas e regiões do País, dando-lhe uma escala nacional.
Com o Observatório do Atlântico, Portugal pretende disponibilizar uma infra-estrutura para promover a investigação do oceano profundo, para gerar conhecimento sobre o que existe, mas também sobre os impatos que a atividade humana poderá ter.
Pretende-se que a estrutura funcione em rede, englobando as entidades competentes nacionais e as instituições de referência nacionais e estrangeiras, assumindo-se como pólo agregador da geração de conhecimento sobre o Oceano e da sua transferência para o setor económico, em coordenação com a agenda “Interações Atlânticas” e o “Centro Internacional de Investigação do Atlântico – AIR Centre (Atlantic International Research Centre)”, dinamizado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, I. P. (FCT, I. P.), e promovido pelo Governo em estreita cooperação internacional para o reforço do conhecimento sobre as interações espaço-clima-oceano através da cooperação norte-sul/sul-norte.
Segundo a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, vão ser investidos 15 milhões de euros até 2021 no Observatório do Atlântico. “Vamos investir 15 milhões de euros até 2021 no Observatório do Atlântico, que terá base nos Açores, criando um centro de conhecimento com uma rede de partilha de dados. Queremos que a investigação ali produzida se torne sistemática e de âmbito internacional”, afirmou Ana Vitorino.
A Ministra adiantou que os 15 milhões de euros serão essencialmente gastos em equipamento para o observatório, nomeadamente de processamento de dados, existindo já recursos como navios e veículos submarinos operados remotamente, havendo já manifestações de interesse internacional para participação no observatório, por exemplo do Canadá, da Noruega da China e de países lusófonos.
“Com o Observatório do Atlân-tico, Portugal pretende disponibilizar uma infra-estrutura para promover a investigação do oceano profundo, para gerar conhecimento sobre o que existe, mas também sobre os impactos que a atividade humana poderá ter. E não se trata apenas de impatos negativos, há que avaliar os impatos positivos, em termos de criação de conhecimento por exemplo”, disse a ministra do Mar.
Para o Secretário Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, que se congratulou com a criação da comissão instaladora do Observa-tório do Atlântico, esta “vai agora avaliar quais as medidas que é necessário tomar e decidir a forma de funcionamento e de financiamento” deste centro.
Gui Menezes entende que este Observatório poderá ser uma alavanca para o desenvolvimento da Economia do Mar e para o desenvolvimento da investigação marinha nos Açores. “Espero que este centro permita fixar recursos humanos qualificados e permita o desenvolvimento de novas áreas estratégicas para a Região ligadas à investigação dos oceanos e em áreas onde não existem competências nos Açores”, afirmou o Secretário do Mar.
Nesse sentido, destacou tecnologias e as engenharias marinhas, referindo esperar que o Observa-tório do Atlântico “possa atrair centros nacionais e internacionais nessas áreas que trabalhem em parceria com os centros regionais”.
Para Gui Menezes outra área que poderá ser alavancada com este Observatório é o das biotecnologias marinhas, área que a Região “tem necessariamente de dar um salto, atendendo ao potencial em termos dos seus recurso e que carece de um impulso no seu desenvolvimento”.
Em 30 de abril de 2016, por ocasião da Visita Oficial do Primeiro-Ministro à Região Autónoma dos Açores, foi assinada uma Decla-ração Conjunta do Governo da República e do Governo Regional dos Açores, que estabelecia que o Observatório do Atlântico seria criado na ilha do Faial, especialmente vocacionado para a proteção, investigação, monitorização e aproveitamento socioeconómico dos espaços marítimos desta área.

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