Palestra sobre “Águas Vivas e Caravelas Portuguesas” no CNH

0
19

Numa iniciativa da sessão “Náutica Bar” do Clube Naval da Horta (CNH), decorreu na passada semana, no Bar da instituição uma palestra sobre “Águas-Vivas e Caravelas Portugue-sas”. O Presidente da Direção do CNH, José Decq Mota, deu início à sessão com as boas vindas aos muitos presentes que escolheram passar o seu serão na companhia de mais uma “Náutica no Bar”, revela a nota informativa do CNH enviada às redações. A apresentação do tema esteve a cargo do convidando orador João Gonçalves, do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores que fez uma apresentação e descrição da espécie e falou do papel importante que representa para o ciclo do carbono do planeta Terra e da Doutora Montserrar Pavon que abordou o assunto do ponto de vista dos tratamentos mais adequamos no caso de contato com a espécie. “As Águas-vivas, comummente assim denominadas pelos açorianos, ou Pelagia noctiluca, são uma espécie de medusas urticantes (que provocam lesões), do filo cnidário (onde também se inserem as caravelas portuguesas, os corais e as anémonas do mar). São compostas por 98% de água, não tendo ossos, coração ou cérebro. No entanto, o seu rudimentar sistema nervoso na base dos seus tentáculos permite-lhes sentir diferenças no ambiente e coordenar o seu movimento, ainda que com pouca mobilidade, sendo arrastadas pelas correntes oceânicas”, lê-se na nota do CNH. Segundo a mesma fonte “esta espécie é uma predadora eficiente. Quando se quer ver livre dos seus predadores ou quando quer imobilizar as suas presas, a água-viva projeta-lhes toxinas presentes nos seus tentáculos, semelhantes a arpões. Por outro lado, é uma espécie muito procurada como petisco para tartarugas e vários tipos de peixes”. No que se refere à Caravela-Portuguesa, Physalia Physalis, “erradamente introduzida pelo povo na categoria das medusas, pertence ao mesmo filo das cnidárias, é uma espécie que pertence à classe Hidrozoa, flutuando em colónias e por vezes constituindo verdadeiras ilhas no oceano”. “É também uma predadora ávida e carnívora, consumidora de algumas espécies de peixes, larvas de peixe, crustáceos pelágicos, camarão e outros invertebrados marinhos”, avança o CNH. A suas anatomia, apresenta uma carapaça flutuadora, não é urticante, mas esconde um conjunto de tentáculos altamente tóxicos e urticantes, alguns chegando mesmo a atingir os 30 metros de cumprimento. Neste sentido Montserrar Pavon, esclareceu que em, caso de lesão derivada do contato com a espécie, “ainda na praia ou já em casa”, deve-se sempre lavar o local lesionado com esguichos de água salgada ou de vinagre, deixando alerta para nunca lavar azona com água doce ou esfregar o local, “sob pena de provocar lesões maiores ou até infeções”. No caso da ferida não estar a sarar convenientemente uns dias após o ocorrido, a profissional de saúde aconselha a ida ao serviço de urgência, “para receber o tratamento adequado, fazendo referência ao animal que provocou a lesão, quando possível”. Já no que se refere às picadas de peixes-aranha ou de raias e ratões, também comuns nas nossas águas, Montserrar Pavon, afirma que estes por “conterem venenos que provocam dores excruciantes e infligirem ferroadelas de ferida aberta, são também animais a evitar sempre que possível”, segundo a médica, nestes casos “o tratamento será um pouco diferente, utilizando-se calor para extrair o veneno”, adianta. Nesta palestra houve ainda lugar a um debate aberto dirigido aos presentes, com o objetivo de esclarecer dúvidas e trocar de id

O MEU COMENTÁRIO SOBRE ESTE ARTIGO

Por favor escreva o seu comentário!
Por favor coloque o seu nome aqui
Captcha verification failed!
Falha na pontuação do usuário captcha. Por favor, entre em contato conosco!