A Representação Parlamentar do PAN/Açores dirigiu um requerimento ao Governo Regional, procurando explicações sobre o funcionamento dos aparelhos TAC no maior hospital da região, que está, alegadamente, a impedir que doentes oncológicos possam recorrer a este meio de diagnóstico complementar.
A Tomografia Computorizada é determinante para estudar vários órgãos e para o diagnóstico de um conjunto de patologias, com especial enfoque na identificação de tumores. A TAC é fundamental para o rastreio e acompanhamento do cancro do pulmão, permitindo determinar o tamanho e a localização do tumor, neste órgão.
A identificação atempada de lesões suspeitas e um acompanhamento médico adequado, com o apoio de meios de diagnóstico complementares, é essencial para o sucesso do tratamento e estão relacionados com uma menor mortalidade por cancro do pulmão.
“A alta incidência de cancro de pulmão na nossa Região e elevada taxa de mortalidade provocada por esta neoplasia, impõe uma resposta concertada e eficaz dos serviços de saúde, nas várias fases de prevenção e tratamento da doença”, defende o Deputado Pedro Neves.
O partido lembra que em Outubro apresentou uma iniciativa que propõe a implementação um rastreio do cancro no pulmão, junto da população de alto risco e o agravamento tributário sobre o tabaco, tendo o Executivo Regional dado já um sinal positivo com o anúncio de um projecto-piloto de rastreio ao cancro do pulmão, com início em 2024.
Contudo, vários têm sido os relatos de utentes com doença oncológica que se encontram a aguardar há vários meses a realização de exames complementares de diagnóstico e tratamento e alguns exames foram mesmo cancelados.
Para o parlamentar do PAN/Açores, “Em questões de saúde, principalmente desta natureza, onde o hiato temporal é determinante para o sucesso do tratamento, não podemos aceitar que doentes oncológicos estejam à espera de realizar uma TAC há mais de oitos meses e que o seu tratamento fique em suspenso devido à incapacidade do Hospital garantir a utilização deste meio de diagnóstico complementar”.
O partido procura assim saber as justificativas do Governo Regional sobre os constrangimentos na articulação com a Clínica de Radioncologia, a inoperacionalidade ou incapacidade dos aparelhos TAC no HDES e as alternativas que a tutela procura implementar para sanar este problema que afecta vários utentes, em especial os doentes oncológicos.
