Porto e aeroporto da Horta em destaque na campanha do Bloco de Esquerda

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DR/BE
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O Bloco de Esquerda reuniu ontem com representantes de grupos cívicos relacionados com as acessibilidades da ilha. Duas reuniões tiveram por tema o porto da Horta, com Norberto Serpa e Pedro Azevedo e a terceira versou sobre o assunto do aeroporto, com Dejalme Vargas e Rui Sousa.

Nas reuniões sobre o porto da Horta ficou clara a deficiência atual do porto em necessidades básicas como as de infraestruturas de apoio à manutenção, consideradas mais urgentes tanto na perspetiva dos utilizadores locais como para servir embarcações de passagem. A possibilidade de varagem neste momento está comprometida e o ‘travelift’ tem uma capacidade inferior à necessária para um porto destas dimensões e atividade. O Bloco de Esquerda considera que colmatar estas falhas é absolutamente prioritário e concorda que não se pode avançar para obras de ampliação do espaço acostável do porto sem que estes problemas sejam resolvidos.

Outra das grandes necessidades é a de se compreender cientificamente os efeitos causados pela construção do molhe norte e a dinâmica atual de ‘backwash’ dentro da baía. Sem este estudo, partir para mais intervenções no porto é irresponsabilidade técnica e política. A promoção e investimento noutros cais acostáveis desta e das ilhas vizinhas poderá ser uma forma mais harmoniosa de contrariar a falta de lugares dentro da baía da Horta, com um impacto ambiental muito menor e uma forma de preservar o encanto que é, enfim, o principal chamariz deste porto.

Depois da reunião com os representantes do grupo do aeroporto da Horta em que se discutiram todas as possibilidades e alternativas para resolver o problema de acessibilidade aérea à nossa ilha, ficamos ainda mais convictos na nossa posição, que é a que defendemos desde 2009. Exigimos à república que, aproveitando financiamento comunitário, não só se construam as RESA impostas pelo ICAO até 2024, como se adicione à mesma empreitada o aumento da pista para um comprimento de 2050 m, que permita a operação por aviões económica e ambientalmente mais sustentáveis, como o A321 e mesmo os Boeing 737-800. O comprimento atual da pista estrangula a segurança das operações, não permite o aproveitamento integral da capacidade de carga dos aviões em utilização e contribui ainda para uma aceleração do desgaste das próprias aeronaves. Tudo isto também tem custos, pelo que uma melhor gestão dos recursos públicos exige de forma gritante o aumento da pista.

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