Sobre Freguesia dos Flamengos, de Carlos Lobão

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Victor Rui Dores
Victor Rui Dores

Por: Victor Rui Dores

Sou dos que defendem o princípio de que não há uma cultura nacional se não houver uma verdadeira cultura regional. Por isso sempre saudei, e continuarei a saudar, aqueles que, partindo da descoberta das raízes, buscam uma identidade cultural.
É o caso do historiador e investigador Carlos Lobão que, através de importantes contributos para o enriquecimento da historiografia açoriana, em geral, e faialense, em particular, vem mostrar e demonstrar que é a partir da História local que se chega à História universal. E fá-lo com clareza, verdade e pedagogia. De resto, e num outro contexto, já no-lo havia lembrado Miguel Torga: “O local é o universal sem paredes; (…) quanto mais local, mais universal”. E, nestes tempos de globalização e massificação, convirá não perder de vista a máxima de Tolstói: “Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”.
Natural da freguesia dos Flamengos, ilha do Faial, professor do quadro da Escola Secundária Manuel de Arriaga (onde há mais de duas décadas desenvolve importante atividade filatélica através do Clube de Filatelia “O Ilhéu”), doutorado em História Contemporânea e autor de vastíssima obra, Carlos Lobão é, à sua maneira, um historiador local. E há grandeza em ser-se historiador local. Gaspar Frutuoso, Padre António Cordeiro, Frei Agostinho de Mont´Alverne, Frei Diogo das Chagas, António Lourenço da Silveira Macedo, entre tantos outros que lhes sucederam, foram autores locais e a verdade é que hoje não podemos passar sem eles.

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