O coordenador do PCP Açores, Marco Varela, deslocou se nos dias 7 e 8 de fevereiro à ilha Graciosa para aprofundar o conhecimento dos problemas locais e das expectativas que os graciosenses têm também ouvindo a s suas instituições e os seus representantes locais, de forma a poder dar lhes voz e também para apresentar o conjunto de propostas do PCP para fazer face ao aumento do custo de vida estimular o desenvolvimento da ilha e dinamizar a economia local e regional. Também na Graciosa é preciso fazer das injustiças força para lutar, de forma a s erem ultrapassadas as dificuldades que a l arga maioria da população enfrenta.
Para além da reunião com Adega Cooperativa da Graciosa, nestes dois dias houve encontros informais com eleitos locais, e numerosos contatos com trabalhadores do Matadouro da Graciosa, comerciantes, produtores de leite e carne, pescadores etc., em Santa Cruz, Praia, Guadalupe e Luz. Como acontece nas restantes ilhas, também na Graciosa foi mais um a vez evidenciado o avolumar se das dificuldades sentidas pelos trabalhadores, pelos produtores e pela população em geral.
O que se evidencia e é comum a todos os diálogos mantidos é a falta de resposta ou a resposta insuficiente aos problemas enfrentados, a discriminação ou o aumento das desigualdades entre ilha s que encontraram a sua expressão no Plano e Orçamento da Região Autónoma dos Açores. A diminuição em mais de 40% das verbas, neste orçamento aprovado pelo Governo de coligação de direita com o apoio da extrema direita representa um claro de investimento na ilha.
Da reunião com a Adega Cooperativa da Graciosa destacamos a necessidade de intervir no reforço de apoios para o aumento da produção do conjunto de produtos de excelência como o vinho, a meloa e o alho bem como uma questão que é transversal a todos os setores e às diversas ilhas: a necessidade de reforço e de um melhor funcionamento dos transportes marítimos e aéreos.
Dos muitos contactos mantidos nestes dias, três foram as questões que mais se destacaram:
• O aumento insustentável do custo de vida e dos fatores de produção que se reflete
negativamente na vida da população.
• Os baixos salários e pensões de miséria, com cada vez mais trabalhadores que empobrecem a trabalhar estamos a caminhar a passos largos para uma situação desastrosa, com cerca de um quarto d os açorianos a viver abaixo do limiar da pobreza.
• A constante perda de população desta ilha e a falta d e medidas concretas para a combater
As políticas do Governo Regional de direita e com o apoio par lamentar da extrema direita sem rumo, sem estratégia com a única preocupação d a sua sobrevivência política e a imposição de um pensamento único provocam o aumento das desigualdades entre açorianos e entre ilhas.
Contudo, a situação que a Região e a ilha Graciosa vivem não é inevitável existe alternativa a esta política que sufoca o desenvolvimento regional e o seu crescimento As propostas que o PCP apresenta para responder aos problemas da Região e dos açorianos, a o serem implementadas também dariam um forte contributo para o desenvolvimento da ilha Graciosa dado que visam a valorização do sector produtivo da agricultura e das pescas , mais e melhores transporte s aéreos e marítimos serviços públicos acessíveis para todos a concretização do direito à saúde e à habitação, o aumento dos salários o combate a precariedade e políticas de fixação de população.
E porque a crise não é para todos, já que os mesmos do costume apertam o cinto enquanto uma minoria continua a alargá-lo assistindo se a lucros astronómicos por parte dos grandes grupos económicos e financeiros, nos Açores como no resto do País é tempo de fazer das injustiças força para lutar.