Abastecimento de água faz estalar polémica entre BE e Câmara da Horta

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As acusações da candidatura do BE à Câmara Municipal da Horta (CMH) sobre o abastecimento de água na ilha fizeram estalar a polémica entre a referida candidatura e a atual gestão autárquica. Depois da autarquia ter emitido um comunicado a contestar algumas das afirmações do primeiro candidato do BE à CMH, foi a vez do partido responder, pela voz do mandatário da candidatura, Mário Moniz, também em comunicado, enviado às redacções no domingo.

No comunicado divulgado na passada sexta-feira, a CMH considerava falsas as declarações de João Stattmiller, quando este referiu que existem situações no abastecimento de água na ilha que ameaçam a saúde pública. Segundo o município, “o abastecimento de água às populações, no concelho da Horta é efetuado de acordo com plano aprovado pela Entidade Reguladora de Águas e Resíduos dos Açores, submetido a um rigoroso controlo de qualidade, por entidade independente, cuja publicação de resultados é tornada pública trimestralmente”.

 Para o BE, no entanto, o esclarecimento do município não responde à questão mais preocupante levantada por Stattmiller, que consiste na possível utilização de fibrocimento, que contem amianto, em algumas condutas de água. “Ao contrário do que a CMH quer fazer crer, estamos ao corrente dos resultados das análises feitas pela autarquia mas não conhecemos a divulgação de qualquer análise que garanta a não existência, na água para consumo, de partículas daquela substância cancerígena”, considera o BE.

O esclarecimento da CMH considerava ainda falso que esta instituição tivesse pago 240 mil euros a um gabinete de estudos terceirense para acompanhar o processo de Abastecimento de Águas e Saneamento Básico do Concelho da Horta, dizendo que esse valor é de 24 mil euros. A este respeito o BE lembra que o valor de 240 mil euros é o que está referido na Base de Dados Nacional dos Contratos Públicos. “Compete à Câmara providenciar a sua correção para não induzir em erro quem a consulta. Subsiste, no entanto, a nossa discordância quanto a este gasto, seja ele qual for, uma vez que a Câmara tem serviços próprios com capacidade técnica na matéria e foi esse o argumento defendido”, refere o comunicado do Bloco.

Finalmente, em relação ao facto do portão de acesso aos tanques de abastecimento estar fechado ter sido entendido como um impedimento da visita do BE àquele espaço por parte do município, recorde-se que a CMH negou esse impedimento, considerando os quatro dias de antecedência com que o BE solicitou a visita insuficientes para dar resposta. A este respeito o BE entende que a autarquia se contradiz “ao reconhecer ter autorizado duas visitas desta mesma candidatura, à central de triagem e ao aterro sanitário, porque estas foram solicitadas com menor antecipação (48 horas) e prontamente respondidas”. 

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