Apenas seis produtores de leite do Faial manifestaram interesse em abandonar a atividade

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Apenas seis produtores de leite dos cerca uma centena registados no Faial, manifestaram interesse em aderir às compensações financeiras para abandonar a atividade, revelou ao Tribuna das Ilhas, Associação de Agricultores da Ilha do Faial (AAIF).

Segundo a Associação este assunto não tem despertado muito interesse junto dos produtores de leite locais, adiantando que estes “não têm feito nem levantado grandes questões sobre o assunto”.

“Houve produtores que aceitaram as condições e outros não, mas cada caso é um caso”, refere Joaquim Silveira, apontado o facto de a presente portaria que regulamenta o regate leiteiro, “não possibilitar a reforma antecipada como era anteriormente possível”, como uma condicionante à decisão dos produtores faialenses.

A portaria que regulamenta as compensações financeiras aos produtores de leite de vaca dos Açores que se comprometessem a abandonar, definitiva e integralmente, a produção a partir de 31 de julho, foi publicada a 05 de abril em Jornal Oficial e destinava-se a beneficiar os produtores de leite que exercessem atividade a título individual ou coletivo há, pelo menos, dez anos, que tenham mais de 55 anos e registado entregas ou vendas diretas em 2015 iguais ou inferiores a 200.000 litros.

Com a publicação desta portaria o governo previa que cerca de 200 produtores apresentassem a sua candidatura, no entanto a adesão ficou aquém das expetativas e apenas 58 produtores de todas as ilhas, com exceção do Corvo e Flores, manifestaram interesse em deixar a atividade.

A retirada de produtores de leite da atividade integra um pacote de medidas para o setor anunciado pelo Executivo Regional com um montante global de cerca de cinco milhões de euros.

Entretanto na passada semana, na sessão plenária que junho, o Governo dos Açores anunciou, no âmbito da aprovação de uma proposta apresentada pelo CDS-PP, com vista à criação de um quadro legal para reformas antecipadas para agricultores, que vai implementar no arquipélago um novo regime de reformas antecipadas na agricultura, que deixaram de ser comparticipadas por fundos comunitários no atual período de programação financeira da Política Agrícola Comum e que agora vai ser exclusivamente suportada pelo orçamento.

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