Foi com muito interesse que vi surgir no centro da cidade, nestes últimos dias, uma série de objetos escultóricos de grandes dimensões, realizados em vime e de temática marítima. Surpreendeu-me a grandeza dos objetos escultóricos e a sua qualidade estética. Surgem inseridos na paisagem – na Pousada de Santa Cruz e na Praça do Infante – a qual funciona como uma moldura, em que as características particulares do espaço, aberto à marina e à montanha do Pico, constituem desafios formais de composição muito interessantes. Esta moldura urbana, integrando as características físicas do lugar, a sua relação com as gigantescas medusas que ondeiam nas árvores, a comunicação que estabelecem com as pessoas que ali passam, criam uma conexão vivíssima entre o espaço físico e social. É um espaço amável, um espaço feliz, em contraste com o espaço esventrado da avenida. O movimento na praça e a possibilidade de encontros, resulta numa dinâmica da intervenção atraente.
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