Pronto desde 2019, o POTRAA – Plano de Ordenamento do Turismo da RAA, repousou na gaveta durante 3 anos. Voltou recentemente à luz do dia, com poucas alterações, para ser finalmente votado na Assembleia Regional. No entanto, a menos de duas semanas da votação e perante alguma contestação ao documento, o governo decidiu retirar a proposta do POTRAA, anunciando que todo o processo iria ser reiniciado, não apenas com o objectivo de corrigir ou actualizar alguns dos elementos, afinando a estratégia, mas também de alterar o seu modelo, metodologia e estruturação.
O defunto POTRAA era um documento de mais de 500 páginas, complexo e técnico. Apesar de nem sempre ser de fácil compreensão, incluía parâmetros extremamente relevantes para a reflexão pública e para a gestão do desenvolvimento turístico, como indicadores relacionados com limites do crescimento e regras sobre que tipos de empreendimentos turísticos podem ser construídos, com que dimensão e onde.
Em primeiro lugar o POTRAA indica que o rumo escolhido para o turismo dos Açores é o do turismo de natureza, de qualidade, sustentável e não massificado. Apesar de não ter muitos instrumentos reais para controlar a pressão turística nas ilhas e garantir essa não massificação, o POTRAA utiliza o conceito de “intensidade turística” para determinar o limiar da sustentabilidade. A intensidade turística é um indicador cientificamente validado que relaciona o número de dormidas por habitante.
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