ATSF defende aposta na Cultura e no Património para combater sazonalidade no turismo

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DR/ATSF

Fonte: ATSF

É preciso apostar na cultura e na valorização do património para combater a sazonalidade do turismo no Faial e nos Açores. A afirmação é do Presidente da Associação de Turismo Sustentável do Faial, Pedro Rosa, que falava durante a sessão de abertura do evento “Faial: Descobrir a História, Pensar o Futuro”, que decorreu terça-feira à noite, na Biblioteca Pública da Horta, e que contou com a presença da Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas e do Presidente do Município da Horta.

O presidente da Associação de Turismo Sustentável do Faial (ATSF) apresentou o programa deste evento, que decorre até 3 de novembro, e que “aborda não só o passado, mas também as atividades futuras da nossa sociedade e do turismo”, que é considerado “um dos principais motores de desenvolvimento da nossa região”.

Pedro Rosa lembrou que, nos Açores, a atividade turística assenta, “essencialmente, no turismo de natureza e ainda com um elevado grau de sazonalidade”, defendendo, por isso, que “a aposta” na cultura e na valorização do património é “uma ferramenta concreta para dar a volta a este quadro de sazonalidade”.

Segundo o dirigente da ATSF, “os Açores, do ponto de vista turístico, têm de trabalhar para conseguirem criar esta relação em que o turista, o espaço natural e a cultura se conjugam num destino muito mais complexo do que temos atualmente”, e que “pode enriquecer não só a visita de quem viaja até ao arquipélago, mas, também, enriquecer a nossa vida social e colectiva”.

Durante a sua intervenção, Pedro Rosa afirmou, ainda, que é “preciso pensar no património não como uma memória, mas enquanto alicerce para construirmos projetos para o futuro”.

Neste sentido, para além das palestras, debates e mesas-redondas, destacou, do programa “Faial: Descobrir a História, Pensar o Futuro”, as visitas guiadas agendadas.

“Vamos ter visitas guiadas pelo nosso património, como, por exemplo, ‘a visita guiada à Horta dos cabos submarinos’. Neste momento, um turista teria muita dificuldade em visitar [o roteiro dos cabos submarinos] porque ia ver fachadas de edifícios que estão fechados, e teria pouca informação disponível [sobre o tema], mas este é um potencial que temos de ativar e concretizar em projetos que privilegiem não só a construção de infraestruturas, mas também o investimento no conhecimento e na cultura”, disse.

“Este é o caminho que temos de fazer se quisermos que, em 2027, haja uma capital europeia da cultura nos Açores, e haja um projeto que vá mudar a maneira como nós olhamos para a cultura, não só no sentido de a preservar, mas de a trazer para o século XXI, e de colocar o nosso arquipélago em comunicação, através de toda a sua riqueza e de toda a diversidade das nossas ilhas, que vai daqui para o mundo e que também recebe do mundo”, concluiu.

Durante a sessão de abertura, o Presidente do Município da Horta, Carlos Ferreira, salientou “a pertinência e a oportunidade” deste evento, promovido pela ATSF e pela Horta Histórica, e elogiou “o programa vasto, bem construído, rico em substância e atualidade, e que projeta a cidade da Horta e a ilha do Faial para além das suas fronteiras naturais”.

Por sua vez, a Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, que falou em representação do Presidente do Governo dos Açores, considerou este seminário uma “excelente iniciativa”.

“Esta é uma iniciativa arrojada, que vai mobilizar as pessoas e, certamente, trazer conclusões positivas”, disse Berta Cabral, acrescentando que vai “criar um sentimento de participação cívica a favor de uma causa, e essa causa é o Faial e o desenvolvimento desta ilha”.

Na segunda edição do evento “Faial: Descobrir a História, Pensar o Futuro”, a ATSF e a Horta Histórica pretendem “discutir temas relacionados com a história, mas que estão na actualidade” e dar enfoque a “actividades que unem património, história e turismo”.

Com o Mar como tema principal da edição deste ano, após a sessão de abertura, decorreu a palestra “O Faial na estratégia do Atlântico”, proferida pelo investigador e antigo Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos.

 

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