Em declarações aos jornalistas no parlamento, a deputada e dirigente do BE Mariana Mortágua salientou que, para o partido, “o mais importante não é a discussão de nomes, mas de políticas”, nomeadamente do Orçamento Suplementar hoje aprovado pelo Governo.
“Esta saída de Mário Centeno do cargo de ministro das Finanças tornou-se evidente com o episódio de injeção do Novo Banco, sem auditoria independente, e sem que aparentemente o primeiro-ministro tivesse tido conhecimento”, frisou.
Quanto à escolha de João Leão para suceder a Centeno, o BE classificou-a como de “continuidade”, dizendo esperar ter a “mesma abertura das Finanças para negociar no futuro como teve no passado”.
Questionada sobre a possibilidade de Mário Centeno vir a ocupar o cargo de governador do Banco de Portugal, a deputada do BE considerou que esta é uma discussão “demasiado séria e complexa” para se centralizar apenas numa figura.
“A grande questão é a proteção do Banco de Portugal dos interesses dos banqueiros, é uma instituição que está infiltrada por banqueiros”, disse, considerando que não se pode tratar da mesma forma “governantes e banqueiros” no acesso ao banco central.
O Presidente da República aceitou hoje a exoneração de Mário Centeno como ministro de Estado e das Finanças, proposta pelo primeiro-ministro, e a sua substituição por João Leão, até agora secretário de Estado do Orçamento, com a tomada de posse marcada para segunda-feira