Nenhum modelo é estacionário ou perfeito, nem nasce com certificado de eternidade, e a União Europeia encontra-se dentro deste pacote. Para os europeístas os sinais são vários, apesar de escondidos pela guerra atual. As divergências autocráticas na Hungria e na Polónia, a dissidência do Reino Unido e as notícias de França que também não são animadoras, já que metade dos eleitores votaram em projetos eurocéticos. Será este problema alheio ao projeto europeu ou consequência da organização do mesmo?
Apesar dos eurocêntricos não quererem enfrentar a realidade, ela baterá à porta. Temos um projeto europeu que, no seu estado atual, não responde aos problemas das sociedades e, ainda pior, não tem elasticidade para englobar as soluções. A situação é clara: com o neoliberalismo e a globalização, quem menos ganhou foi a classe média ocidental, aquela em que os ordenados menos cresceram. Se tivermos em conta a inflação e o crescimento dos rendimentos dos mais ricos, podemos dizer que estão estagnados. O preço da habitação dispara pela Europa fora, a população está cada vez mais endividada e a acompanhar estes crescimentos também estão o número de bilionários e milionários.
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