O Bloco de Esquerda (BE), anunciou a criação de uma plataforma online, que permite receber denúncias de abusos e ilegalidades sobre os trabalhadores nesta crise pandémica.
O partido apresentou uma proposta mais reforçada para aqueles que foram obrigados a fechar no período de emergência, seja por imposição legal ou que tenham sofrido quebras de faturação da ordem dos 50%.
Com um cenário caótico instaurado pela pandemia do novo coronavírus, Covid-19, o BE anunciou que desenvolveu uma plataforma nacional para recolher denúncias de abusos e ilegalidades sobre os trabalhadores nesta fase assombrosa que todos vivenciam.
De acordo com o BE, o objetivo desta plataforma (despedimentos.pt) é criar um registo e um “mapa nacional da irresponsabilidade social”, para quem despede e abusa dos trabalhadores neste momento de pandemia.
O partido defende que é “necessária uma estratégia de combate à pandemia”, acrescentando que o fecho das muitas atividades e o confinamento da população, “não podem dar azo ao abuso”, reforçou.
O BE advertiu ainda que a “vaga de despedimento selvagens e de abusos laborais que se abateu sobre milhares de trabalhadores nas últimas duas semanas em todo o país não pode continuar”, neste sentido divulgou que já apresentou uma proposta com o objetivo de salvar as micro e pequenas empresas, que segundo eles representam “97% do tecido empresarial nacional”.
Esta proposta, consiste no “pagamento de salários pelo Estado, durante os meses de março e abril, a todos os trabalhadores das micro e pequenas empresas”, que foram obrigadas a fechar no período de emergência por imposição legal ou que tenham sofrido quebras de faturação da ordem dos 50%, impondo contrapartidas relativamente à manutenção de todos os postos de trabalho, incluindo a trabalhadores precários, uma medida mais abrangente do que as medidas avançadas pelo Governo Regional”, lê-se.
A concluir, o partido revelou que também defende a proibição dos despedimentos durante a situação de pandemia, e entende que a aplicação desta proposta “garantiria o pagamento de salários a milhões de pessoas e permitiria evitar o medo social e o congelamento da economia nacional e regional”, frisou, António Lima, líder do BE nos Açores.